És Primavera
Autor: Vitoriano Ferreira on Saturday, 29 October 2016És a Primavera e eu o Outono
És a frescura e eu a tarde escura
És o encontro e eu o abandono
És a Primavera e eu o Outono
És a frescura e eu a tarde escura
És o encontro e eu o abandono
Ao entardecer te procuro
Pelo meio das ruas, impaciente
Mas somente me torturo
Abre a janela deixa entrar a luz
Que nos ilumina e nos seduz
Deixa entrar o ar que se nos oferece
É como um livro o coração
Onde há páginas que ficam por ler
Palavras que se perdem na emoção
Sorri quando a dor te torturar
E a saudade te atormentar
Os teus dias tristonhos e vazios
Sim espero por ti
Nas frias noites de inverno
Na alegria que fingi
Neste sonho eterno
Se os beijos
Perguntam-me sobre o que é ser autêntico? Pois bem, tenho os meus sentidos de autenticidade e aqui os exponho, não para que sejam compreendidos, pois não procuro compreensão, até porque, tal empreitada depende muito do consentimento dos estados de alma dos seres autênticos.
Ser autêntico, é chorar quando tivermos de chorar e rir quando tivermos de rir. É não deixar que as contingências da vida nos tornem pessoas amargas, secas por dentro, ou por outro lado, apáticas e fictícias, sem veracidade, mostrando aquilo que não se sente e mascarando o que somos.