ENLEIO

                                                           ENLEIO
Deixa amor
Beijar teus olhos tristonhos
Amados e rútilos 
Sírios cor de mel…
Deixa que desbrave
Teus mais ignotos sonhos,
E esculpi-los em marfim     
Com um cinzel.
E quando do teu rosto
Dúbio magoado
Lentos brotarem
Dúlcidos prantos
Será ainda meu gesto Imaculado
Que irá secá-los
Como em mim secara tantos.

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