ROSTO

Desenhei o teu rosto
- Na fina areia
Branca da praia
- Perdi as horas
Minutos, segundos
- Para deixar deslizar
Os meus lábios
-Nos teus lentamente
A cair no teu gosto
-Queimar de abraços
Teus com os meus
-Descobrindo a timidez
De sermos só nós
-Dançamos ao som do
Teu corpo com o meu
-Enquanto as tuas mãos
Estão perdidas nas
-Montanhas vulcânicas
E planícies em chamas
-Desenhei o brilho quente
Do amor nos teus lábios
-Eu sou o teu sonho

FAMINTA FOME

Já não posso voltar
Mas também não quero
Já te pedi que não me olhasses assim
Fecho os olhos e sem espreitar
Sinto as tuas mandíbulas
Como um lobo faminto na minha carne
Enchendo-me os ouvidos de sonhos
E o meu corpo de amor
Na tua, na minha desejosa paixão
Para que o sol durma mais um pouco
E deixa os teus medos entre os meus seios
Rogando por mim, quando o pecado, me aflorar a pele
Banhando-me o corpo com carícias tuas
Ama-me loucamente, sem pensares no amanhã

AINDA SOU

Ainda sou eu que me olho
No espelho e vejo um reflexo
Nem sei mais se é meu, mas sei
Que não serei assim para sempre
Não temo contrastes muito menos
Mudanças ou suspiros magoados
Sei que ainda, sou eu que escrevo
Escrevo o que sinto, amanhã não sei
Farei com que o amor seja pintando em mil
Segredos delicados, coloridos de amor
Hoje sou talvez poesia, canto da cotovia
Que me veio acordar, cantando docemente
Mas amanhã poderei ser apenas uma névoa
De brandas iras, que dorme contigo, no teu

EM TI

Preciso de ti
Hoje e sempre
No presente
Que se enraíze
Na terra fecundada
Das palavras que guardo
Num abraço primaveril
Preciso de ti
Preciso de ti
Do tempo liberto
No olhar dos teus olhos
Pele macia de lobos
Vergada magia de gente
Desta esperança
Em gestos de alecrim
Alma em silêncio
Como parte de mim, em ti.
 

HORAS MORTAS

 Escrevi o teu nome na areia
    Do sangue que corre em mim

Se me abandono no tempo
   Se me nego ao sentimento
       
 Se evito as palavras lidas
        Se evito a sombra minha

Se escrevo nas linhas o sentir
  Se tropeço no que não quero
       
Se pontapeio para o lado
         Se caio na folhagem no outono

Se me escondo nos pingos da chuva
    Apenas encontro-te dentro da minha alma
         No bater forte do meu coração

A minha vida resumida em Poemas

Eles,o chão cheio de ramos secos,das arvorese casca de eucalipto.

Meus Olhos percorremtodo o espaço em meu redor.

Não vejo mnha mãe...sinto medo e choro.

Não sei muito bem...se disfarço as minhas lagrimas , o medo e a dor;

Qundo eles regressam...

Tenho cinco anos. isolada dentro de um carro sinto-me sozinha abandonada

e fechada,não so no automovel,mas em tudo , dentro dos meus gritos que não

saem ,dentro de um dia de sol,mas que para mim é escuro

o dia ficou noite,o tempo parou, o Monte tornou-se uma floresta,densa e escura

e eu..estou sozinha ,muito sozinha....

que saudades

Que saudades

Do meu mundo, do meu mundo.

O tempo não perdoa

E eu preso neste corpo que não avança

Mas não sou nenhuma criança

Apesar de parecer um errante vagabundo

Que a ninguém magoa

Mas que não cuida das suas amizades.

Nunca fui de muitos amigos,

Nem de nada prometer,

Apenas se for para desiludir.

Mas não esqueço os abrigos (abraços amigos),

Tal como eles não me querem esquecer,

Desculpem-me, não somos de desistir!

 

A vida muda-nos

O tempo perde-se por demais

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