PERDIDA

PERDIDA

 

Olho o negro inverno, da minha janela

A natureza pálida, triste, húmida e fria

Árvores despidas de troncos espessos

Caem lágrimas dos meus olhos

Neste nefasto dia chuvoso

Murmuro palavras ao vento

 

Sinto presos nos dedos

Todos os meus medos

 

Sinto a alma nua e tudo a doer por dentro

O coração apertado

Neste tédio que me devora os sentidos

Sinto-me morrer

Nesta saudade de tudo e de nada

O cigarro é o meu vício, o meu ópio

 

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