PERDIDA
Autor: Lurdes Rebelo on Tuesday, 17 May 2016PERDIDA
Olho o negro inverno, da minha janela
A natureza pálida, triste, húmida e fria
Árvores despidas de troncos espessos
Caem lágrimas dos meus olhos
Neste nefasto dia chuvoso
Murmuro palavras ao vento
Sinto presos nos dedos
Todos os meus medos
Sinto a alma nua e tudo a doer por dentro
O coração apertado
Neste tédio que me devora os sentidos
Sinto-me morrer
Nesta saudade de tudo e de nada
O cigarro é o meu vício, o meu ópio