Minutos famintos

O que faço das palavras senão a
 
minha arma perpetrando-te
 
como as ciladas que invento
 
ao alimentar a inspiração
 
faminta em cada momento
 
 
 
- Que faço dos meus versos
 
senão as pontes tangenciais
 
onde unimos as margens do
 
silêncio
 
reencontrando-nos a bordo de cada
 

TÚMULO

                          TÚMULO

        No cemitério é um silêncio.

São várias cidades, onde todos os moradores são iguais,

    no comportamento, no com mortos.

    Não é convívio, estão todos mortos...

Ali, não há corrupção, nem barulho, os vizinhos, ninguém perturba.

Lá é tão bom, mas tão bom; que quem vai para lá...

                       Não quer voltar!

E o que me deixa intrigada  também; quem está aqui, não quer ir para lá.

E quem está lá, não voltam pra dizer, o quanto lá é bom!

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