Corrupção

A raiz da corrupção

Quando Pero Vaz Caminha
Chegou ao país tropical
Fez rol dos bens que aqui tinha
Pra dar lucro a Portugal
Instalou-se a erva daninha
Perdura até hoje este mal
Da corrupção mesquinha
Do vício e da ação ilegal.

A carta plantou a raiz
Do mal que assola a nação
O povo condena e diz
Que não suporta mais não
Este hábito infeliz
De sempre lograr o irmão.
É o mal que atrasa o país.

Não voltes por dó

Hoje já não aguento,

Hoje já nem  comento.

Hoje já nem invento,

Quanto muito eu lamento.

 

Mas tenta por amor,

Não tentes por favor.

 

 

Desisto mas não quero,

Logo resisto a desistir.

De repente quando vejo o zero,

Tenho medo de partir.

 

Fui me embora sozinho,

Volto agora tão só.

Admito que magoa um bocadinho,

Mas não voltes por dó.

 

Gota

Gota que chove tristemente,

Chora num pranto isolado.

Molha as costas de tanta gente,

Que nem se sente a ser molhado.

 

Sopro de um vento sentido,

Quando te oiço a cantar.

É um ritmo que quando ouvido,

Amplia aquilo que sinto,

É a brisa onde vais voltar.

 

A terra húmida que já é lama,

Encaixa entre os meus dedos.

Numa frieza leviana,

Que este frio não me engana,

Quando lhe conto os meus segredos.

 

 

 

 

Tu e o Mundo

Suave na chegada, breve apresentação,

O sentimento denunciava numa fé antecipada do que sentia o coração.

Sem prisão e sem dono,

És tu ,e o mundo,

Agarro me mudo a palma da tua mão.

Num futuro demasiado escuro, demasiado para o ver

Num presente que procuro,

Algo mais seguro que o passado faça esquecer.

Poesia rasgada

Esse teu olhar sabe muito mas não conta nada.

É como o teu sorriso que esconde subtilmente  a vontade de partires.

Sensato o ato precoce de teres arrancado o teu coração.

Enquanto que eu num fingimento inútil tento ignorar o meu.

Apaixonadamente beijei os lábios da indiferença, e nem o seu sabor senti.

Um calor que não aquece quando o que mais precisava era de me aquecer.

Depositéi-me na esperança que talvez através do meu amor tu despertasses o teu.

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