SENSO ÍNTIMO

Meu riso me eterniza perante o cosmos...

 

Não sou feio, nem sou bonito, deveras,

Eu me preciso e tomo de mim a decência

 

Que me faz conspirar diante  das naves

Edificadas como santuários de benesses

Que guardam segredos das intimidades...

 

Meu senso me leva a escalar altas colinas

Onde a consciência separa o joio do trigo

E soterra as iniquidades do orbe perverso,

Abrindo escalas que são botijas do bem...

 

Em meu silêncio doutrino as maquiavélicas

Tuela

 
  Lá vai sorrindo...
  Bonita , catita, como só ela
  
  Olhos de quem quer saber sem perguntar
  Lábios de quem fala em silêncio
  
  Ruelas estreitas se alargam para que passe

Para minha Mãe (Baseado numa Pessoa)

Ô Mãe mui amada, quanto do teu chorar
são lágrimas do meu olhar.
Por tanto gostares, quanto de ti abdicaste
Quantos sonhos, em teu rosto secaste
Quantos sorrisos feitos de Sal, envergaste
Para que no mundo fosse Pessoa, ô Mãe

Valeu o esforço? Sempre vale o esforço
Quando se é a alma de outra alma
Se luta contra um mundo Adamastor
nos cabos de Tormentas dobradas em dor
Que Deus te dê mais anos que a eternidade
Pois eterna já és, presa na minha felicidade

A chuva partiu

Diante de ti sufraguei  meus votos
 
ponderados
 
temperadamente extraviados
 
ao luar esfíngico
 
iluminando nossas miragens
 
cegas, desesperadas
 
naquele eco acelerado
 
onde veementes iludimos unidos
 
o traçado poético da vida
 
na rota dos ventos
 
qual chama inapelável que brotou
 

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