Mãe, Pai, Amores e Luz!

Oi, ainda lembram?
Meus olhos avermelhados
Nossos velhos combinados...
 
Não, não é tão triste. 
Quem tem força é que resiste. 
Os tempos são outros...
 
Meus planos são dutos
Por onde percorrem 
As águas da baderna 
De todo o meu carinho.
 
Embora a amizade fraterna
Tenha sido conquistada de mansinho 
Eu me lembro daquelas memórias

Esfera dos Fracos E Negativos...

Não existia por ali o calor do sol. 
Nem o amor
Nem a dádiva
Nem o anzol
Existia somente uma estrada demente
E dela vinham muitas almas deficientes
Que definhavam perdidas na inveja
E no ódio de suas atitudes descrentes.
O horror que existia ali 
Havia expulsado os sonhos. 
Havia negativado os cientes!
Era a esfera dos fracos e medonhos
Um presídio de grades pecadoras

Livre arbítrio

Como posso ser o que nunca fui?

Descrever o que sentir, sem ser?

 

Queria eu ser a sensação

Da folha ao tocar no chão.

Também queria ser o chão

E dar-lhe majestosa recepção.

 

O som do trovão queria eu ser

E ecoar mostrando poder

E da noite ser a mão

Para a aurora dar proteção.

 

Tantas e tantas coisas queria eu ser.

Ser o silencio que só no ventre do vento há.

A distância que cada gota na chuva se dá.

Ser o burburinho na vida do ar.

 

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