Lágrimas de mulher

Autor: Frederico De Castro on Wednesday, 1 October 2014
Lágrimas de mulher  - às meninas raptadas na Nigéria
 
Quantas serão mulher
tuas lágrimas arrojadas
que deslizam, 
sem culpa pela face sufocada
desatenta e perdida de saudade já cansadas
tantas vezes sofridas,
tantas vezes escrava
as vidas que prometes-te...violaram-te
no ventre engravidado...amamentas-te teus filhos
e eles...roubaram-te, sem decretos nem esperanças
um punhado de lembranças

Sabedoria dos antigos

Autor: Frederico De Castro on Wednesday, 1 October 2014
Pela sabedoria dos antigos - ao meu pai e minha mãe
 
A sabedoria dos antigos
assim meu pai me ensinara
desde pequenino
e minha mãe continuamente
afagara no seu terno colo
embalando-me carinhosa sob os olhares
do mundo quase espontâneo
numa alegoria de palavras
belas, desditas e esfomeadas;
hoje por fim sinto-me total, 
absolutamente renascer
deste caos emocional em que
por vezes 

Apaziguante

Autor: Frederico De Castro on Wednesday, 1 October 2014
 
Caminho das melodias
 
Hoje continuo a aprender 
que quando sorrimos para a vida 
sistemáticamente
pintamos na alma 
suspiros de paz,enquanto em nós 
percorrem apaziguantes
todos os caminhos e silêncios
que emudecem 
uma voz calada,tímida...que se faz prece 
em tantas mil alegrias 
enchendo qualquer oceano de poesias imensas, 
estendidas para sempre a melodia da nossa existência.
FC

Deusa Flor

Autor: Nuno Rosa on Wednesday, 1 October 2014

Flor linda, a tua cor violeta e cheiro de menta Ornamento que vem preencher o lado bom As paredes de tijolo de burro, com falta de tinta A janela aberta para entrar o teu perfume, e apreciar o teu dom O meu amor é o espelho do teu carinho o teu afeto e ternura nas manhãs de Outono O pequeno almoço doce tomado devagarinho o café quente e o doce açucarado cheio de pinta O teu toque para sempre juntos neste caminho A viajar nos céus, acompanhado pelo mar Aprender que na vida, é preciso escutar nesta caixa mágica mundo Indefeso como um réu, honesto vou-me safar Para sempre teu, na honestidade v

Vem

Autor: Graca Mendes on Tuesday, 30 September 2014

Vem nas garras do vento
Pousar no meu coração
Abraça-o sem intenção...
Beija-o com alento!

Vem no calor do relento
Apagar minha alucinação
E rebolar sobre dunas de emoção
Em meu corpo sumarento!

Vem nas noites luzidias
Sussurrar em meus ouvidos
Com brandos gemidos...

Nas estrelas vadias
E nos prazeres possuídos...
Vem,...arrancar meus vestidos!

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