Poder do amor

​É este aperto que sinto, o aperto dos teus braços que firmemente me seguram e acalmam de todas as turbulências interiores e exteriores.

​É mútua a cumplicidade, nela  se empregam os nossos sentidos, uma forma tão autêntica, um jeito tão natural. Temos o poder, o de amar e ser amados, haja essa forma, a de saber ser feliz e fazer também, o poder é do amor mas a maneira como é vivido a nós compete, tornar inesquecível.

poemas vários

A ENTORSE BOÉMIA

quis abusar das palavras agressivas que engrossam o dicionário dos manifestos.

A ESCADARIA RIBOMBANTE

quando os conflitos se alojavam no sexo com vislumbres duma transparência assustadora.

A ESTRUTURA BOLORENTA

há pessoas que aliviam o sofrimento abraçando outras que lhes cospem em cima.

A FARFALHA ABUNDANTE

a inocência senta-se numa plateia de eruditos enquanto a armadura do juízo regurgita falcatruas.

A FARPELA EXAUSTA

Aquela criança

Aquela criança    - aos meus filhos -  Noemi, Ciro e Lucas
 
Assim, dia e noite
lá sigo os teus passos
no compasso de um
carinhoso abraço
que em ti pernoite
imenso nesta esperança
e num súbito traço
retrato,esguio teu espaço
deposito em teu regaço
um esboço livre no firmamento
dos nossos reencontros acalorados
temperados de bonança
quer queiras, quer não

O ser livre

O ser livre - aos amigos
 
À noite quando me deito
solitário e desencantado
entre um mundo
repleto de realidades virtuais
rogo à beira de árvore plantada
uma réstia de sombra 
na sombra Divina 
que me conceda entender
uma pouco mais o ser livre
que somos 
entre gomos de poesia
acorrentados nesta ortografia
singela de coreografias
apesar de envelhecida nas fadigas

Frieza Escaldante

Que espera esta de acidez em que me encontro…

Quanta má vontade em gélida frieza escandante podre

Quanta perícia em risos de embuste e sonsa teimosia…

Vidas de mil asquerosas tramóias….

Colonatos de vertebral tristeza fingida …..

Posturas de malvadez inquebrantavel …..

Como quem não se perturba em tantos penares de aparatosas perderes….

Tentadas evasivas passadas sumidas de quem estando tão presente se retira….

Constante bater de asas em voos de quem ficando já nos abandonou…

Regina Pereira

15 de Junho de 2014

Cumplicidades

Cumplicidades
 
Que se direccionem todas as palavras
que não somente aquelas 
ao amor invocadas
ainda que sobrevivam ao passar do tempo
que se protejam nos meus silêncios
que se multipliquem todos os 
dias felizes e sem artifícios
domesticando sem vícios
sinais e ecos
de cumplicidades nunca intimidantes
nem contraditórias
mas que nos restituam
no presente 
uma brevidade nos abraços

Reflexos

Reflexos
 
E afinal 
quem preenche
os meus dias desolados
perpetuados num trago de cortesia 
assolada, esfomeada, 
petrificada e indiferente
enquanto olho além do mar 
e deixo mais que um beijo purificado
sem lamentos resignados
apenas restar todo em ti
abdicando o amor
indistinto, vassalo
embriagado aqui e ali por instintos
desesperados
salpicados desta poesia inexplicada

FLOR

            FLOR

Bom dia! Boa tarde e  boa noite meus amores!

Este mês de setembro  é o mês das flores...

Porque,  é o  mês do meu  aniversário;

Sou uma flor do orquidário!

 

Hoje é o  meu aniversário!

Recebi muitos parabéns!

Esta é minha maior riqueza;

É um bem que não pára bens!

 

Quero agradecer os meus amigos...

Que estiveram comigo este ano;

Estaremos sempre juntos...

Se a morte não cortar-nos o plano!

 

 

Madalena Cordeiro... Aniversário dia 17/09/2014

QU'HOMEM ESTE... (leia-se: COMEM ESTE)

QU'HOMEM ESTE... (leia-se: COMEM ESTE)

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Era um implacável assassino:
Matou, violou, estropiou,
Na impunidade total.

Mas o destino
Veio um dia,
Trocar as voltas (que ironia!)
A tanto mal...
… E foi-se a Vida
(Ou seria: Foice?!).

Disseram com hipocrisia
Na sua despedida:
"Que descanse em Paz"!...
E o corpo ali ficou
Exposto ao Céu,
Depois de o taparem, as pás.

Mas a Paz
Não aconteceu...
Os vermes vieram
E rasgaram, violaram, estropiaram...

Compelido

Compelido
 
Sinto-me total, 
absolutamente renascer
de tantas palavras te incutir
despovoar sequioso
este meu caos emocional 
em que me abandono qual arguído
percorrendo todas as metamorfoses 
aprisionadas em mim
ansiando este dom ávido de existir
até o sono chegar e adormecer-me
encantando-te no jardim maravilhado
que repousa compelido em teus braços
perfumado, virtuoso e delicada

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