O Anjo Voou II
Autor: António Cardoso on Wednesday, 7 May 2014Vais embora e deixas-me ficar,
Sozinho neste sitio onde te costumava contemplar.
É obvio que eras a mais impossível missão,
Vais embora e deixas-me ficar,
Sozinho neste sitio onde te costumava contemplar.
É obvio que eras a mais impossível missão,
SEI O TEU ROSTO
ÉS AZUL.
ÉS A LUA CHEIA
E SOU MUITO BRANCO
OLHANDO PARA TI.
SOU EU
VEJO DE TUDO
E VOU TE DIZER
UM SEGREDO.
TODOS OS CASTANHOS
DE DIA ESTÃO CHEIOS
DE MACACOS
QUE ORAM
E PASSEIAM
NOS CONVENTOS
IMITANDO A DEUS.
UM OLHAR VAZIO
NO OLHAR DO VIDRO
CHEIO DE PLUMAS
E ARRANHA-CÉUS
NO AQUÁRIO
COMEÇOU
Além deste mar imenso que nos separa a saudade fez morada em meu ser.
Aqui estou bem graças ao nosso bom Deus e espero que aí você esteja também.
O sol brilhando e nos aquecendo com muita delicadeza, os pássaros com seu canto suave nos tranquilizam nesta manhã de domingo.
Meu desejo era estar aí ao seu lado, cuidando de você com muito carinho e dedicando um pouquinho do meu tempo a ti, que me és muito importante.
Fico a pensar muitas vezes que amor é este, quando vai passar, e não encontro resposta.
Centelha cintilante em voz de paz e de harmonia
Talham veios em meu corpo como fazem pelo vento
Ofuscada pela luz que lhe retrata em seu unguento
Em mágica fortuna que portar não deveria
Adendo em seu chamado que proclama-se por bento
Consagrado por justiça sobre o sangue de outro dia
No arrebol dessa sentença que o fogo consumia
Em passos convertidos de efeito bem mais lento
Vejo que estás para partir,
Pensei que houvesse mais tempo, pensei.
Só me apetece para longe fugir,