O gato

Era um gato empertigado, senhor do seu nariz. Grande e gordo.

Outrora fora ágil mas parecia não dar pela mudança, a não ser nas suas costumeiras e longas ausências em que deambulava por onde lhe apetecesse. Aí apercebia-se que as gatas do bairro e até de outros arrabaldes eram mais selectivas. Queriam gatões elegantes transbordantes em feromonas de prazer activo.

DA VIDA QUE MORRE NO SEIO DO AMOR

O sol que brilha no céu

Me cega no mar

Além do horizonte

 

Na vida que morre no seio do amor

 

O mar com seu negro véu

De luz estrelar

Perdida na fonte

 

Da vida que morre no seio do amor

 

A luz que força a passagem

Viola o teu olho

Buscando ali ver

 

A vida que morre no seio do amor

 

O olho que cria a miragem

Que eu mesmo escolho

Buscando entender

 

A vida que morre no seio do amor

 

E escolho por mera ambição

Como se...

Como se Júpiter se juntasse a Saturno. E a lua não fosse para se sonhar... Como se os rios se juntassem aos mares. E as margens não fossem para se passar...
Como se o vermelho se juntasse ao amarelo. E o laranja não fosse para se pintar...
Como se o saborear se juntasse ao paladar. E o fruto não fosse para se provar...
Como se o fogo se juntasse ao ar. E a água não fosse para se apagar...
Como se as horas se juntassem aos dias. E o tempo não fosse para se dar... Como se a gravidade se juntasse ao levitar. E a terra não fosse para se assentar...

Pintura estragada !

    Pintura estragada !

 

Minha mente pintou um quadro lindo !

Pleno de flores e meninos rindo

E searas loiras bailando ao vento !

Num canto ermo, ouve-se um lamento !...

 

Pintei estrelas vivas, a piscar.

O pó de um cometa , o céu a riscar.

Luar prateado a iluminar !

Numa casa fria...alguém a chrorar !...

 

Minhas pinturas tão bem inspiradas

Onde celebro a beleza de Maio,

Por que surgem nelas cenas magoadas !?

 

Hei-de esboçar e criar com paixão

O que vai nem sempre volta

"O que vai nem sempre volta"
Entre sombras e recordações procuro o que ficou para trás,
Sonhos e esperanças que já lá vão neste rumo de um embarcar ,
o tempo vai contando de uma maneira tão eficaz,
tal como o Reiniciar de um relógio contando a esperança que te faz acreditar.

Ficou marcado como tatuagem aquela imagem,
momentos vagos mas tão sólidos presente na saudade,
tal como um renascer numa palavra em tom de liberdade,
discrição e um significado invade este sonho numa viagem.

filha

Não me chames . . .
Não fales . . . 
Não decidas . . .
Porque tu não podes . . .
Porque tu não sabes . . .
Mas sentes
Sentes que queres
Pensas e . . . sonhas.
És a paz num corpo indeciso.
Agarrado ao que não sentes,
sufocado quando mentes.
Aliciada pelo que te dou.
Sou . . .
A luz que ilumina os teus dias,
no Inverno negro da tua mente.
Sou . . .
O mundo que procuras.

Metafísica - A Ciência das Ciências

Platão

Em meados do século IV AEC a Grécia oferecia ao saber do Mundo o labor de Platão e o de seus discípulos que contribuíam poderosamente para o desenvolvimento da Matemática, da Física, da Ética e da Política. Após esclarecer a natureza das ciências que formam o currículo de um Filósofo – enquanto “amigo do saber” – ou seja, a aritmética, a geometria, a astronomia e a música, o mestre Platão demonstrou o quão necessário se fazia formar uma ciência que fosse superior a todas essas, bem como às demais, pois, em suas palavras:

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