Lógica 1º estágio
Autor: CharlesSilva on Sunday, 6 April 2014Fim do Primeiro Ato
Autor: CharlesSilva on Sunday, 6 April 2014Fim do Primeiro Ato
Negou a verdade, esculachou, esculhambou, esnobou, humilhou. Decretou o fim da história ali de fronte ao público sedento por cenas de violência e sangue. Sendo inteligente e elegante, escondi-me atrás da cortina até que o espetáculo se encerrasse. No final, varri o chão do palco colocando o lixo debaixo do tapete vermelho que serviu ao teu desfile de superioridade. Apaguei as luzes e fechei as portas do teatro. Não há mais espetáculos, pois agora só há atores coadjuvantes, eles não sabem ser heróis.
Charles Silva
Batalhas no Inferno
Autor: CharlesSilva on Sunday, 6 April 2014Batalhas no Inferno
Tenho visitado meus infernos com frequência, pois é lá que se originam todas batalhas em que estou combatendo. Não obstante, me deparo com anjos e demônios, são parte do cenário, à parte disto, nada tenho eu de santo. Porém, não cultivo demônios, desprezo-os com ar de soberba, ainda que sob ataque direto.
SENHORA SENHORITA
Autor: danieldenani on Sunday, 6 April 2014Senhora senhorita, cuja luz me faz um dia
Me prometa não esqueça o seu eterno namorado
Que aqui mesmo tão longe só contigo tem sonhado
E na esperança de lhe ter é que se faz sua alegria
Senhora senhorita de olinhos tão brilhantes
Teu espiro é meu inspiro e o teu perfume é o meu ar
Nada perco nesse mundo se puder eu lhe beijar
Pois em teus braços tenho tudo como nunca tive antes
Pudica
Autor: Fabio R. Villela on Sunday, 6 April 2014A nudez impudíca
dessa parede branca
não me deixa esquecer
do mal que me abocanha.
Antes da outra,
já sinto a morte
de saber inúteis os planos
e impossíveis os sonhos.
Senhora da única certeza
e o fim das possibilidades,
sinto-a represar o rio
que naveguei.
Em que porto, aportarei?
O moinho
Autor: fernanda r. mesquita on Saturday, 5 April 2014Corpo redondo, olhos pequeninos,
no cume da serra de braço a girar
ao sabor do vento, cantando hinos,
sem preguiça... sempre a trabalhar.
Lado a lado com o seu amigo,
elabora a farinha e canta crente,
ser capaz de fazer de um grão de trigo
o fim da fome que mata tanta gente.
Assim passa a noite o redondo moinho,
dando guarida ao moleiro, que sozinho,
luta na noite ora a trabalhar, ora a vigiar
Ai
Autor: Cristina Bentes on Saturday, 5 April 2014Bússola
Autor: Cristina Bentes on Saturday, 5 April 2014Tinha tudo.
Autor: Cristina Bentes on Saturday, 5 April 2014Sugeriu-lhe um charuto. Acendeu-o sugando o seu suco seco. Refastelou-se no cadeirão olhando os montes, depois, o prado à sua frente. Estava verde. A aragem misturava-se com o charuto. Foi ali naquele lugar que quis voltar a viver. Relembrou. Já fora tempos em que galgava aqueles montes na liberdade de criança e na leveza do corpo. Tudo podia e sentia-se capaz. Os pés descalços que tocavam a erva em velocidade veloz. Ah... sabia-lhe bem. Olhou seu abdomen proeminente, sentiu-se pesado. O reumático não ajudava e aos oitenta anos desistiu de o combater. Relembrou os dias felizes.





