UTOPIA II.
Mais uma vez, busco-te e choro,
por te poder achar
Por onde andais?
Bruta realidade tão dura e nua
No silêncio, em redor
ouço a noite no céu a estalar
Cedo a vida ao destino e ao tempo,
entrego a morte
Porque choro eu?
Se este sonho é meu, utopia crua!
Um sonho de visões dilacerantes,
estranho sem norte
Acalento em meu delírio ardente,
que a tua imagem o destrua.
Oh, sono de sonhar,
fome de emagrecer.
És o amanhã que ameaça chegar,
o período que ninguém irá esquecer.
Todos "fomos usando" a nossa parte.
Sem medir ou contar.
Agora, não podemos, simplesmente, ir para marte...
Como não somos de prevenir, há que remediar.
Porque se fizessemos a viagem,
viajariamos como quem erra;
E mudariamos a paisagem
à semelhança da Terra.
Somos uma doença
e o amanhã prevalecerá,
desfazendo a crença
que um depois de amanhã chegará.
VÍCIO
O amor vicia. Tão logo você se livra de um, já fica na expectativa de outro, e se demorar muito, a vida vai ficando vazia, sem cor e sem graça.
Interesses que só interessam aos desinteressados
Sério, a mulher "MODERNA" está ficando cada vez mais desinteressante. Até porque, ela tem outros interesses. E na maioria dos casos, nada interessante. Claro, elas não pensam assim, o interesse delas é o pós modernismo. Que tem muito pouco de interessante. No final, tudo que buscam ainda é o velho romantismo. A emoção ainda fala mais alto, e continua sendo interessante.
UTOPIA - I
Mascara de olhos verdes de sorriso
rasgado e denso
Resplandecente como ouro
de alquimia em fusão
Mascara de aroma,
magia inebriante como o incenso
Incandescente,
penetra no meu sonho de ilusão.
"O Futuro de um amanhã."
Entre sentimentos,
um corpo de mágoa e desespero,
neste olhar preso e aceso,
na solidão do teu lamento.
Caminhas sozinho,
perdido nesse rumo longínquo,
não te leva a um destino,
prosseguir, crer,fazer sentido,
esta vida sem ritmo.
Vale a pena acreditar, tentar sonhar,
recordar,pensas não superar,
viver a vida até chegares lá,
estarei a teu lado para sempre te apoiar.
Plena felicidade
É ver você bem.
É ver as crianças
Brincando na rua.
É ver as folhas voando no vento.
É ficarmos juntos na calçada,
Observando a vida em pleno movimento.
Plena felicidade
É não se mover.
É deixar o corpo parado
Enquanto a alma voa
Junto com as folhas que o vento joga...
É de tarde...
No abraço e no sorriso
De quem gostamos.
É jogando bola no quintal
Enquanto a vida vai passando.
Plena felicidade
É conversar com os amigos
De coração para coração.
No desejo de sonhar quase sempre eu adormeço
Apaixonado pelo fim eu nunca vejo o começo
Tantas luas por caçar, tantos peixes deste mar
Tanto têm o que dizer se quisesse eu escutar
Na doçura de um beijo é que me brotam as memórias
Nas memórias de um beijo é que me brotam tantas glórias
Tantas luas por caçar, algo que traga inspiração
Tantos fatos que suprir com o que se diz imaginação
