Sem Título 33

quis Prudência. 
dum álamo prescrevi lamacentas aberrações! 
tive Prudência. 
bailei misericórdias de defuntos, fragmentei ânimos definitivamente! 
senti Prudência. 
as promessas emboscadas nos eclécticos cortejos boiam indefinidas pelas remessas.
oh, palpitações e retóricas combinações! rumores empertigados no agreste solstício e paisagístico.
pego agora num pequeníssimo revólver detono espadachins de lembranças.
virei Prudência!

Sem Título 32

Sou o que deveria ser e a mais não serei! Ser não serei, veria o que deveria mais ser o que serei mais ser sou, 
não tendo forças p’ra ser Sou o que a mais sou! Deverei? 
Transijo emendas ao contornar tua romã boca pressentindo o húmus dos melancólicos boulevards... 
adeus vestígios: a petulância!
Esperarei? Transijo ninhadas de primogénitos...adeus vestígios: a petulância!

Sem Título 27

Aquela afligida atmosfera da loucura, sempre e sempre
me perseguiu quando engolfava, caprichosamente,
durante as destinadas descidas aos selados planetas
esboçados nos trémulos blocos de gelo como varandas
tribais no interior de uma jarra abençoada por flores
a arder penedos a cima. Era eu assomada vertigem
sibilante.
quis afligir minhas preces, minha cama, minhas ternuras-
nervuras, minha sobriedade, minhas imigradas
alvoradas, minha levedura.

Sem Título 25

Num só gesto de gesso desordenado, tombo para a
negra chuva triunfal! Ela guarda-me em seu bolso de
adobe arminho. mansíssimo viro-me escancarado,
pisando grainhas das serranias que quase voam como
lástima inté banhar-me no ternurento silêncio em flor...
Devo morrer indolor SILÊNCIO
 

Amar em Silêncio

… Sentei-me a descansar um pouco onde nos sentávamos meu amor,
Sim, eu sei que prometi não voltar,
Mas o dia estava tão lindo, o sol brilhava, e há tanto tempo que não saía de casa.
Construí um pequeno passeio a caminhar um pouco.
Depois…
Depois, ouço meus passos ecoar no silêncio frio do meu coração e lembro-me que foste o meu caminho…
Desculpa meu amor,
Mas sem ti não sei que fazer,
para onde ir,
Assim,
Sento-me aqui e escrevo,
Não!

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