SALTO DE PALHAÇO
Autor: AMANDU on Saturday, 15 February 2014NÃO QUERO
NÃO OLHO
E NÃO ODEIO.
SERIA EU?
NÃO QUERO
NÃO OLHO
E NÃO ODEIO.
SERIA EU?
OLHA
QUE EU QUERO
TE DIZER.
POSSO
TE GUARDAR?
POSSO
TE DIZER
UM SEGREDO?
GUARDA
SEMPRE
O AMIGO.
um repasse escuro e frio na parede caíada
a brisa gelada que foge esguia pela janelas
é a noite mais longa que impede a alvorada
apagando o sol posto pintado em aguarelas
Traços tremulos riscam rugas da mão mais velha
banham-se pincéis gastos em copos de cerveja
e a tela que nasce no corpo amante quase filha
minha e da sorte maldita da pintura a aguarela
O desejo da poesia,
Que habita em toda harmonia.
De um lugar importante,
Do coração constante.
Essa poesia semeada,
Que nasce pelo caminho de minha estrada.
Essa poesia que penetra no recôndito do coração,
Desvendando a vida em sua sensação.
Poesia que se ouve dizer,
É uma poesia compenetrada cheia de prazer.
Que olha fixamente na vida presente,
De refletir o poder de ser somente.
Corpos suados… molhados…
Num frenético ondular animalejo
Inspiram … respiram…suspiram…
Colam-se na selvagem simetria do desejo.
Juntam o côncavo com o convexo
Numa excitante harmonia
De corpos sedentos de sexo
Depois …
Cansados… suados… e saciados
Languidamente e sem pudor
Caem p`ro lado soltando
Longos suspiros de amor…
No recato quarto
sobre lençóis de fogo de carências,
entrego-me ás ousadas carícias.
A polpa do fruto arde lentamente
como a espada elástica da noite,
a mão rítmica aprofunda o abismo,
que desaba todo o império de gemidos, e
pelas curvas proféticas suava,
expelindo o odor puro do prazer.
Gila Moreira 14/02/2014
Meus dias galopam na sua própria garupa
à procura dos teus,
meu sangue quente corre veloz
como cavalos em fúria nas artérias,
salta a cerca e penetra no meu pasto com fome infinita,
bebe - me e sacia a sede no meu riacho, entre longas montanhas
que ardem como o cavalo de fogo,
dançando sobre o lume em suaves gemidos.
Gila Moreira 14/02/2014