A Destruição

O mundo da voltas
O amor se esfria
E se cumpre o que diz a profecia.
A dor toma conta dos corações
O ódio eo rancor virão armas na mão das mutidoes
A tristeza a escuridão as travas a maldição
Coisas que atraem as guerras e matam toda uma geração.
Pra que todo esse ódio?
Prã que toda essa guerra?
Se quando a Paz a festa.
Se quando a Amor
O mundo não necessita de toda essa guerra.
A solidão o desespero de quem perdeu os seus anseios
O mundo se acaba
se termina
Tudo por causa de uma geração

vigía

Era noite
Melodias ecoavam nos céus
No instante
A presa tornou-se fera
Vigia
Os índios passeiam
À beira da praia
Mulher
Imaculada de branco
Um murmúrio
Um gesto
Uma partida
 
E os índios continuam
No alto da colina

Bruma

Talvez alguma Lua
vença esse escuro
que a janela faz retângulo.
E, talvez, essa solidão das Gerais
siga a bruma que se perde pela serra.

Talvez um poema antigo
reviva em alguma gaveta
e o amor nele cantado
dance nessas pedras molhadas,
não sei se de chuva,
não sei se de saudade.

 

póstumo

um repasse escuro e frio na parede caíada
a brisa gelada que foge esguia pela janelas
é a noite mais longa que impede a alvorada
apagando o sol posto pintado em aguarelas

Traços tremulos riscam rugas da mão mais velha
banham-se pincéis gastos em copos de cerveja
e a tela que nasce no corpo amante quase filha
minha e da sorte maldita da pintura a aguarela

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