Messias...

Profeta das mil e uma noites,
chegas anunciando o Amor,
eu rendo-me à tua crença,
entrego-me em teu calor...
Sigo-te estrada adentro,
por esses caminhos de ti,
peregrino sobre o teu corpo,
na esperança de te ter em mim...
Bebo das tuas palavras,
da tua carne eu como o pão,
que o diabo amassou,
junto com o meu coração...
Trazes vida à minha vida,
fé à minha descrença,
embutiste-te na minha pele,
sem sequer pedir licença...
De onde vens não importa,

O que somos

Um vazio que pretendemos preecher, vazio vao e nú

O silêncio correndo nas nossas veias, por onde andamos

A saudade que és tu o sentimento que perdemos

Escorrendo pelas lágrimas que deitamos dolorosamente

No silêncio de quem chora a partida de toda a gente

Inquietante é o vazio que nos persegue

Sem culpas no criva de gritos rebentando os poros da pele

Pela felicidade que já existiu, e ficou lá atrás

Com ela levou, risos e vozes, e nunca mais voltaram

Despidas as almas, tristes e infelizes

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