Neve

Cai neve lá fora sinto-me encurralada

Se o tempo não melhora, não posso sair, não posso fazer nada

Resta-me pegar no livro que á muito esqueci

Olhando através do vidro que com o meu calor humedeci

O tempo está passando, está frio lá fora

A neve que teima em cair, cai a toda a hora

Continuo lendo o meu livro, desviando o meu olhar

Para ver a neve cair, e a rua com ela se cobrir

Desfolhando cada página que me leva a sonhar

Um novo pensamento a cada leitura

Uma história que me faz sorrir

MAGOA

Como é dificil urtrapassar a dor

Como doi a falta de carinho

Um toque que deixa marca 

Que nos atravessa baixinho

A dor que nunca passa

Que nos faz chorar devagarinho

A falta de atençao, de carinho, doi e fere, é terrível

Para quem se sente sózinho

Instala-se facilmente, como um virús sem cura

Que nos traí sem tocar, que nos derruba e nos cala

Com um simples olhar que outrora nos encantou

Também nos deixa abalar, a quem pensamos que nos amou

Mesmo gritando cá dentro, ninguém  nos consegue alcansar

Mudanças do tempo

Cresci aprendendo, errando

Acertando arestas, corrigindo

Enchi o coração de esperanças

Sem mentir, tudo é feito de mudanças

Agindo com o sentido do coração

Acreditando no sentimento mais puro

Que pura ilusão, alimentou o meu coração

Sem noção do perigo, que ao meu redor girou

Continuei sem perceber, na minha exaustão

O que estava a acontecer, isolei-me do mundo

Não queria sofrer, mas no fundo do meu ser

Consegui me erguer, refletindo as minhas acções

Procurando prudência, que sempre me fez ver

Um Dia (27-01-2014)

Dá-me um pouco do muito de ti –
Dá-me a lembrança de te ter:
Um dia foste minha, eu te vi –
Eras a fonte da alegria de se viver

Dá-me imagem e lembranças,
Esperanças de um tempo ido –
Ah! Vergonha de não ter crenças –
Um dia, sim, eu fui O Protegido!

Dá-me uma Luz para te ver,
Essa que se vê ao morrer –
A certeza de te ter no fim

Dá-me um pouco de saudade
Mas, tempo passa, voa de verdade:
Um dia serás de novo para mim...

Cipriano Dias

À Nação (23-01-2014)

Bramindo entre as tenebrosas brumas
Rumas tu – indefeso pedaço surdo;
Que, no vulto escuro, assumas
O que foste tu um belo dia: tudo!
(Agora, segues cabisbaixo, triste, mudo...)

Rugindo como feroz leão,
Coração que outrora batias,
És um velho felino perdido na solidão;
Surgido do inconstante nada (outrora rugias…):
Agora, escondes a cara com que surgias…

Vida Económica - Debate/Mesa Redonda sobre Turismo



Debate sobre a problemática do turismo em Portugal, promovido pelo semanário "Vida Económica", convidados: Diretor Geral de Turismo de Portugal - Henrique Monte Lobo; Empresário e Administrador do Hotel da Lapa - Antóno Simões de Almeida; Diretor Geral de Operações do Complexo Turistico de Tóia - José João Murtinheira  Branco

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