Almas (20-01-2014)

Venham d'encontro a mim
Almas queridas e sofridas
Porque eu já não sei do fim
Em que vos vi, sombras esquecidas
 
Venham como voz do passado
Em que, longe, vos sei decerto -
O sonho é fugaz e errado
E a Vida um lugar deserto...
 
A saudade na minha lembrança -
É esta a única esperança
Que me resta...
 
À memória vem a vossa imagem e voz
E, nesta, o agonizar atroz

mãe

Sem ti os dias são longos, passam longos e um vazio permanece em mim.
Sinto a tua falta, o teu amor, o teu carinho.
Uma tristeza imensa invade a minha alma e dilacera o meu peito.
Vem preencher este vazio com o teu nome, tu que estás perto e longe de mim.
Deixa-me sentir esta nossa doce amizade até ao perecer das eras.
Sinto o sangue fervilhar como que envenenado na espera constante do teu ser.
Mas, sinto agora a tua mão e nada mais está perdido.

AQUELA ATRIZ

Esta noite num palco ilustre eu sinto
Deslizá-lo a sombra daquela atriz
E, no seu drama de amores em flux,
Verá chorando quem já foi feliz.

Quando ela entrou com seu silêncio altivo
A flutuar no vermelho tapiz,
Discreta como a lua nebulosa,
Que esconde o brilho em passos sutis.

Alguém que tinha no peito inocente
Ruídos mestos de temores vis,
Viu-se descrente num porvir horrendo,
Su`alma rota e seu cabelo gris.

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