Sangue e Dor

Sangue e dor

 

O sangue e dor

como os conjugo...

Em migalhas de insuficiência

me desfaço em choro.

E choro-te amor...

pois carpido tens de ser.

Imerso em vales infinitos de lágrimas

espalhado aos ventos que furtam os mundos.

Mundos que não só este.

Como me arde a tua marca no peito!

jazida de um ferro perfeito,

Aquecido a comprimentos de onda angelicais.

O nacarado fel que me injectaram nas veias,

transformou-se no âmbar dos teus olhos

DECLARAÇÃO DE AMOR

A vida inspira numa declaração,
De amor.
Que chama a atenção,
De o seu dispor.
Numa afirmação mais linda,
Onde a vida nunca se finda.

Conquistando o coração,
Cheio de emoção.
No ensaio inspirado,
De um casal de namorado.
Onde o amor promete amar,
A vida diante do seu olhar.

Com palavras e pensamentos,
Com atitudes de momentos.
Onde o teu sorriso,
Vem alegrar o meu paraíso.
Todas as manhãs de cada dia,
Onde te amar é a mais pura alegria.

Rainha Negra (27-10-2013)

Vem ser a minha Rainha
Negra como o teu coração –
Que me dás arrepios na espinha,
Que me fazes perder a razão

Danças elegantemente
Com preceitos atrativos –
Que me deixam louco, demente
Que me fazem perder os sentidos

Põe o leque negro nos teus olhos,
O xaile preto que te cobre os ombros,
As ligas e o teu rendado fio dental

Faz-me entrar numa espiral de ilusão
E será tão fácil conquistar a paixão
Que me corrói duma forma sexual!

Tiago Reis

Onde me encontro

Já fui jogador, sem nunca jogar nada
já voei , sem sequer ter asas
já conquistei , sem ter sido conquistado 
já fui lutador , sem ter sequer lutado !

Já vi o mundo de todas as cores possíveis
já bati no fundo , por coisas plausíveis
 
agora, agora 
jogo , vôo , e conquisto.
Luto, vejo o mundo
o futuro é o que fazemos dele
o passado só temos que desfazer dele
o sentimento , que se perde na ocular

poema

"Num lancinante fundo onde o caos escriba o sexo em prosas que despes ao longo de um precipício, a minha abertura interior, trémulo, concentras-te nas labaredas que ardem e nos afundam num tempo que não é de ninguém, porque a poesia é um nome largo, o grande pulso que reflecte as folhagens em brasa que gemem expelindo impulsos longos, seivas compactas, odores entre as humidades em áreas delirantes, as figuras de estilo nos baixos ventres, a vulva onde o assombro é uma única poça de água, o êxtase onde são visíveis os lábios secretos de um poema"

Luisa Demétrio Raposo

a noite passada

Sobre a grande mesa
A luz de duas velas
O telefone tocou
Interrupção
Lá fora, situação delicada
Choro - Desespero
Mais tarde o jogo
Truques da vida
Conversa, mais conversa
No limiar da noite - O filme
Acordo
Um choro
Duas mortes
Um repousar incompleto
Manhã
Um outro dia

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