" in- divindade... "

“ In-Divindade “

 

Eu não preciso de mim,  não preciso do Mundo, nem mesmo do imaginário,

Ainda me lembro da dor, da dualidade das almas,

Das vozes, dos sonhos mortos e ...

Jesus, o que você fez ? O que você finge ...

 

Coloque a vergonha nas chagas, na luxúria e no prazer,

No propósito e na intimidação,

Sob a máscara da minha pele,

" Desmembrado... "

“ Desmembrado”

 

Dilacerei a intenção do extâse, da fecundidade,

Rolei na fantasia recalcada, compactada,

Humedeci no sémem ejaculado,

Criei a Ova da hipócrisia que não pedi...

Por entre sonhos, quanto sono... eu procurei,

No prazer... que a Alma me pediu,

Rasguei a pele, caí na lâmina germinada,

Cortei a veia, neguei o Céu... tudo acontece,

" Veneno..."

 

Veneno

 

O espírito está morto ... Não sei de mim, aqui no vácuo...

Porquê a vida?

Ecos da morte, Na memória ... Acordados,

Solução, fluidez, Dança a Magia...

Não há vestigio, não há mais lágrimas,

É a hísteria

Opacidade, 

Anestesia...

É o desejo,  no ódio escondido,

É a vontade... é o veneno contido...

 

A Alma corre, dispo o meu Espírito,

Não vos dou nada...

 

Ir de queda em queda...

Estou... Sentado... Um quanto embalado
Por uma sonoridade clássica romântica...
Estou... Quase deitado... E quase afogado
Neste quadro embelezado de poética
Sinfónica límpida... Relaxante,
Como que tocada pelas melhores orquestras.
De uma transparência de som envolvente...
Em eloquente figurativo às ditaduras!
Deixando ofegantes, como gás que se inala;
Até o globo se regala;
A pupila estala; No sangue coágulos;
Sons gigantes; Sons gritantes malévolos; e...
Tudo - até mesmo o que não é - se cala...

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