AMOR QUE NUNCA VI

Poema dedicado à nossa "Flor Poética" Conceição Cordeiro

AMOR QUE NUNCA VI

Sonhos de amor de quem amou
Neste poema que te dou………

Marcados nos cumes de aéreos precipícios
Onde o sol reluz nas auréolas dos anjos
Refúgios de suavidade outrora assíduos
De fadas, musas e arcanjos.

Colhidas pelo vento e desbotadas pelos tempos
As frases de sons e ecos enfraquecidos
Rodopiam nos cumes brancos e amarelecidos
Falam de saudades, ilusões, lamentos
Amores, alegrias e maus momentos.

Reencarnação

REENCARNAÇÃO

Percorro as linhas da vida, em contagem decrescente
Como um foguete lançado na vastidão do universo
Vivo nesta escuridão carregado de culpa só e penitente
Morro e ressuscito, como uma força fluida no tema deste verso.

Raspando as entranhas do tempo, com a culpa que me domina
Num tempo sem horas, onde o pó da memória não pára de correr
Suave em mágica espiral, vaie-se amontoando em forma de colina
Esculpindo no destino, o percurso que me cumpre percorrer.

AMAR...

Amar é inato,
Dos fados é o fado.
Amar é visceral...
É ódio controlado.

Amar é nocivo,
Chega a ser especial,
Amar é sorrir-te
Quando só te quero fazer mal.

Amar é explosivo,
É ter ombro para dar,
Amar é beijar-te
Imaginando estrangular.

Amar é mediar,
Incandescente como uma brasa.
Amar é diariamente
A nossa própria faixa de Gaza.

Como te odeio às vezes!
Digo-to sem torpor…
Mas não ligues princesa…
O ódio é o novo amor…

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