A camuflagem do silêncio

A camuflagem do silêncio é esbelta, serena, pacífica e reverente
Forja da luz subtis fluorescências tão alucinantemente omnipresentes
E de olhos nesta solidão candente amara além o céu vibrante e transparente
 
A camuflagem do silêncio dilui-se no tempo e em cada hora irreverente

Quero ser o verso renegado

Quero ser o poeta forte
da contracapa mais bela,
ser o verso que contorce
a pureza mais singela.

Ser a lágrima que desce
em um grito de agonia,
uma dor vinda da peste,
maltratando quem me lia.

Um retrato sem o lucro,
poesia sem o agrado,
laranjeira sem o fruto,
e meu pensar malogrado.

RELENDO OS DIAS

 

 

 

releio os dias

como a uma novela:

segredos do sótão

que só se comprazem

em subterrâneos

 

releio os dias

nos poros expostos

de minha história

que só incorporo

após a autocrítica

 

releio os dias

em outros olhos

com uma exortação

que faculta a visão

de outros olhares

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

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