Senta-te

SENTA-TE... A MEU LADO...

Anda... Senta-te
A meu lado...

Fala-me de quando a tua alma de menina
Não tinha ainda sido arranhada pelo tempo
Por gente que te não entendia
Näo via a dor que pingava dos teus olhos
Nem os silêncios que te amarravam o coraçäo

Fala-me de quando fugias
Por esses campos verdejantes
Para falésias errantes
Onde escondias a tua dor
E o vento te trazia o odor da maresia
E brincava com os teus cabelos

RELATOS DE UM IDOSO!(JATOBÁ)

A descrição pura e simples seria muito vaga, e a afirmação projetaria um único sentido; estou velho!

Como será daqui " pra frente"?!

Os anos passaram, e certa idade se alcançou. Agora é só esperar o "dia da partida" ! nada disso...

bilhões de anos se esgotaram, raças diversificadas existiram ou ainda existem resistindo, transformações ocorreram, tecnologias avançaram e se aprimoraram, as ciências, mistérios descreveram, e o homemaí está, superando e comprovando o que a hoistória documentou, e o tempo nada "apagou"!

Séculos...

Um milênio!...

Soneto da Maior Saudade

Mas que contemplar insana vaidade

Riqueza, arte pura do semblante

É ter-lhe em minhas mãos completa divindade

Com o prazer e o olhar dardejante

 

Aéreo, na palidez do tempo e do espaço,

Sou e vivo a fitar desmedida graça

Que não se escapa muito menos se disfarça

Na plenitude do meu dia escasso

 

Não há dia que eu não peça

Que faças parte de um paraíso, nume

Algo de valor que ao meu sangue cessa

 

E enquanto longe estiver teu olhar que doura

Dói-me a ausência do imortal lume

Epifania

(Soneto com influência do simbolismo, um dos movimentos literários que mais gosto)

 

Luzes Sublimes como Noite de quermesse

Deliram e sublimam e vão dardejar

Nas infinitas glórias que vão cintilar

Em todo luar que derrama e efloresce

 

Puras e sagradas escorregam

Pela minha mente estéril, gelada

Estéril e gelada por ela se esfregam

Todas nuas de brancura vulcanizada

 

Propiciam-me a arte de imaginar

Aladas alegrias do Céu me propiciam

Saber o indefinível e o infinito.

 

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