Do Mar à Terra

Alguns atropelos da minha ira enquanto navegante

faziam-me repensar. Mas navegando à bolina

o vento esmerava-se, era ofegante

quase me virou o barco. E já vejo a colina,

da serra para onde eu vou.

Deixo o mar e procuro agora, em terra sadia,

respirar o orvalho pela manhã

fotografar uma raposa, que vadia

naquele lugar, naquela terra sã.

E no aconchego daquele lugar,

silenciado pela Natureza

procuro consolo. - Vou rezar,

para que cada um de nós encontre a destreza,

e porque não a certeza,

Na mesa

Hoje,nesta mesa,sozinha,escrevo já bêbada
Nessa mesa de bar com um copo ao lado, um copo e um guardanapo.

Nessa mesa boêmia de bar. Eu morro.
Morro de tédio e de álcool
Nessa mesa cheia de cerveja eu escrevo já tonta
Tantos pensamentos... Cabeça á mil.

O dia começa a clarear é hora de ir.
Não posso mais ficar nesse tédio,
Esse guardanapo... Esse copo... Esses garçons que me dão mais cerveja...Essa mesa boêmia morta...

Colocam a gente num tédio e numas inspirações fora do normal.

Mudança

Fala-se crise económica...é concerteza, mas fundamentalmente ( na minha modesta opinião) vivemos uma crise de mentalidades retrógradas e insensíveis à mudança que estamos a viver. Estas mentalidades de que falo são retrógradas, insensatas que se vêm ultrapassadas por novas que estão a emergir. Trata-se de uma mudança que que é sempre antecedida de uma crise. 

quadras esquecidas

Já meu coração se cansou
Anda aqui a contra-gosto
Foi o amor que o maltratou
Ou da vida algum desgosto.

Canto e p'ra meu desespero
Vou cumprindo sina minha
Agora o que mais quero?!
Só eu sei, quem adivinha?

Lá da terra donde vim?!
Do lugar não reza a história
Mas vos digo ainda assim
Que não me sai da memória.

Há searas de trigo loiro
Ao sol e ao vento a ondular
Ao longe ficou meu tesoiro
Mas vivo para o recordar.

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