Um Mar Sem Ti

Um mar sem ti
bate-o o vazio
do canto búzio
que nunca ouvi.
Beijam rochas
mesmas espumas
e jamais perfumas
como tuas coxas

Arrastando vão
num tanto não pouco
tudo do meu corpo
até o meu coração.
Às forças levado é
pelas ondas tuas
sem igual, nuas
que mais ninguém vê

Um nada igual á mim
de versos de sereias
escritos nas areias
do teu amor que advim.
A cada grão evapora
no passeio das ondas
de saudades fecundas
por ti, nesta igual hora

Pedaço de universo

Pedaço de universo

 

Eu não sou eu, sou apenas um pedaço, é que de mim não enxergo tudo, isso é fato. Muitas vezes enveredo pelas partes de mim que eu mesmo desconheço, então perco de vista o lado de mim que já conheço. São encruzilhadas, corredores, labirintos, ruas, montanhas e desertos, para ver-me por completo, tenho que enxergar quase que um universo. Nesse caso sei que não é possível enquadrar-me por completo, então me conformo sendo um pedaço do que sou, dentro de um pequeno universo.

 

Charles Silva

DERRIDA, Jacques - Filósofos Modernos e Contemporâneos

DERRIDA, JACQUES

1930 – 2004

Não há nada fora do texto.

Filho de judeus, DERRIDA nasceu na Argélia, colônia francesa à época, e desde a infância demonstrou grande interesse pela Filosofia. Paradoxalmente também demonstrou interesse em se tornar um futebolista, mas, por fim, a sua escolha recaiu sobre a primeira opção.

Não sei por quê?

Não sei por quê?

Não sei por que eu gosto tanto de você, quando estamos juntos meu tempo para, um dia sem te ver é como se fosse uma eternidade, sempre quando estou triste sem ânimo eu olho para você, só de te ver meu humor muda, posso estar cansado com a lida e intempéries da vida, mas quando estou perto de ti tudo esvaísse, queria tanto que tu soubesses todo o bem que me fazes um olhar teu tem o poder de me hipnotizar...

Nostálgico

Nostálgico

Às vezes eu gostaria de viver em outros tempos

Tempos que o romantismo estava na moda

Tempos que o poeta era respeitado

Talvez eu fosse mais feliz naqueles tempos.

 

Imagino-me em outro século

Com as vestes e os costumes já considerados retrógrados

Com um chapéu e um relógio de bolso na mão

Escrevendo meus versos com penas de um parco prosador.

 

Tenho saudades de um tempo que não vivi

Tenho deveras um sonho

Sonho de um dia poder viver assim.

 

Pages