O Senhor do Tempo
Autor: Fátima Carmo on Thursday, 24 November 2022O senhor do tempo que passou,
Ficou preso num banco de jardim,
Já tem o corpo em forma de assento
Porque se sentou à espera do fim.
Fita os ponteiros no relógio a cada segundo,
Que ficam presos a cada olhar,
-Será que o tempo parou de vez!
-Deixou de passar!
Caiu mais uma lua e com ela veio a noite,
Chamou-o para dormir, é hora de sonhar
Com momentos onde o cenário não é importante!
As expressões definham e vão caindo
Dando lugar aos espinhos que teimam ficar.
Um pastoreiro me contou
Autor: Reirazinho on Thursday, 24 November 2022Êxtase intangível
Autor: Frederico De Castro on Wednesday, 23 November 2022os cardos da memória
Autor: António Tê Santos on Tuesday, 22 November 2022a poesia sangra os desafetos que caracterizaram a minha existência juvenil; os suplícios narrados pela minha alma ressentida; as minhas atuações extravagantes.
ALTURAS DO HOMEM
Autor: FERNANDO ANTÔNI... on Tuesday, 22 November 2022
são as mãos de pelúcia
as mesmas que degolam
os pássaros
e fartam os nômades
de terra vermelha
por isso
basta-nos espreitar o fôlego
dos viajantes
para ascender à impassível
bandeira oscilante
erguida sem censura
espargida nas alturas
do homem
com uma vontade férrea
de se anelar aos cisnes
e, afoita
desvencilhar-se das carícias
da estrela vespertina
que se distraiu
e foi dormir junto ao portão
de todas as partidas
os cardos da memória
Autor: António Tê Santos on Monday, 21 November 2022existe um lugar ávido onde dilacero o infortúnio sempre que escrevo poesia; onde tonifico o meu bem-estar; onde esclareço a sensibilidade através dum apurado raciocínio.
Um dia o sol não girará
Autor: Reirazinho on Monday, 21 November 2022Sistema
Autor: Reirazinho on Sunday, 20 November 2022Para todo mal existir,
basta o poder concordar.
Não importa suprimir,
remedir ou dialogar.
Para o erro ser o bem,
basta o mal ser atroz,
retificado por alguém
apto para calar sua voz.
Preconceito
Autor: Reirazinho on Sunday, 20 November 2022Um dos temas que me despertam o interesse é o preconceito. A natureza humana é curiosa, usamos de artifícios baseados em sua própria primazia para justificarmos nossas mazelas. Escravizamos o outro em nome de uma abstrata nobreza racial. Os colonizadores tinham sobre a ótica do mundo uma lupa, e essa lupa enxergava o outro como formiga, não só enxergava como a exauria com a ‘’luz da razão’’. O pretexto racionalista levou o homem tão romantizado pelas poesias e eras de ouro a cometer pérfidas atrocidades.