Quando a boca da noite se abre

Quando a boca da noite se abre
(Jorge de Azevedo)
A boca da noite se abre
E vomita putas
Para o cabaré da esquina
Onde se encontram
Vidas sem perspectivas
De vida.

Quando a boca da noite se abre
Espalhando escuridão pela cidade
As mocinhas saem arrumadas
Das casas das madames
Endinheiradas rumo à escola
De paredes ainda azuis
Carcomida pelas chuvas
De tantos invernos e verões.

Amor adolescente

 

...Eu procurava por alguma coisa, mas não sabia ao certo o que era já estava escurecendo e eu aqui nessa floresta, longe do acampamento, dando voltas como uma tonta, talvez eu só quisesse que ele sentisse minha falta, mas como? Se ele não se importa ou pior ele nem sabe quem eu sou, por que sentiria falta?

­­­−Não acredito, acho que estou perdida.

Imaginação

 

Fechei os olhos e aos poucos

Fui me imaginando tão longe.

Senti o vento me tocando

Como se eu estivesse a voar.

Levantei os braços, abri as mãos

Eu podia sentir as nuvens entre

Meus dedos.

Sentia minha respiração cada

Vez mais ofegante.

Então comecei a girar todo o

Meu corpo, como se eu tivesse

Asas.

Então abri os olhos e vi que nada

Era real. Mas por alguns segundos

Nada existia só eu e minha mente.

Florida por pétalas e espinhos

Onde a realidade é um pouco

Não correspondido.

 

Há como fui tola,

Por querer-te tanto.

Há como sou tola,

Por ainda te querer.

 

Que amor é esse que me consome.

 

Amar-te sempre foi

Um erro.

Buscar-te, a pior das

Tolices.

 

Mas não sou capaz de dividir tal amor.

 

Que sentimento lindo

E tão egoísta esse que

Sinto.

 

Há como sou tola.

 

Entre tantos e tantos,

Quis eu você.

A alma que me completa.

 

Por que eu não te completo?

 

Há como fui tola,

TODA POESIA REVELA

TODA POESIA REVELA

Toda poesia revela,
Um mundo de aquarela.
Enquanto eu aqui viver,
Até ver o dia o seu amanhecer.

O teu olhar,
Será sempre o meu caminhar.
O teu sorriso,
Será sempre o meu paraíso.

Onde a mente,
Vem gravar.
Como foi e quem descreveu,
Pra te libertar.

Sublime poesia,
Que a paixão contagia.
Ao começar o dia,
Que por ti se importaria?

Será só o poeta?
Que fala de sua vida repleta.
Uma poesia assim,
Feita pra você e pra mim.

NOSSO MEDO

NOSSOS MEDOS

Nas primeiras horas de vida,
Surge um sentimento natural.
Como um mecanismo de defesa contida.
O medo algo tão real.

Quem quando criança,
Nunca teve medo?
De ficar sozinho no escuro,
De andar de bicicleta,
E cair tão cedo.

Quem nunca teve medo?
De cair de um para queda.
Sem saber aonde vai ser sua queda.
Sentir medo é natural,
É um sinal de alerta.
Onde a vida se desperta.

A REVOLTA DO POVO

A REVOLTA DO POVO

A marcha dos inconformados,
Chega ao Brasil tão iluminado.
Uma revolta contra a inércia dos governantes,
Onde falta tudo nessa nação protestante.
Onde os recursos são,
Para o futebol e para o carnaval.

Agora o barulho vai ser muito maior,
Porque o Brasil cansou de levar a pior.
Onde as ruas esburacadas,
É o sinal que eles não estão fazendo nada.
Nas demais cidades brasileiras dessa estrada.

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