Há dores
Autor: António Vicente... on Monday, 10 June 2013Há dores que vejo,
Atordoar meu coração;
Embora almejo,
Ter toda compressão
Tenho e nunca planejo
Está terna escuridão;
Há dores que é minha;
Mesmo na alma vizinha.
Há dores que ouço,
Muito alto cantando;
Em todo nosso,
Mágoa espalhando.
Há dores no vosso;
Coração, e eu sentindo.
Há dor que nos deixa assim;
Mas todas terá um fim
António Vicente Aposiopese
Avesso (cultural)
Autor: Ely Paiva on Monday, 10 June 2013Avesso
Em forma alternativa
De frases e poemas
Cantados.
Se propaga a revolução
Da uma palavra caída,
Mas nunca esquecida.
se negros dançam
os brancos dançam
no arrastado de um manco
no terreiro
dançando o velho samba
Brasileiro.
Confundido pelo avesso.
Distorcendo todo terço.
Ely Paiva.
Janota Nudez
Autor: António Vicente... on Sunday, 9 June 2013Devolva-me o singular da tua janota nudez
As estrelas e a lua cheia entre teus pés
As mesmas pertencem-me mês após mês
E tudo mais que escondes na tua timidez
Devolva, que não a perco desta vez !
Desfaleceu do flácido o corpo que vês
O sagrado fruto dos teus segredos o dês
Tartamudea, mas não diga talvez
Viajam as mãos dos meus olhos
Nos teus peitos que vencem cones
Co'pontiagudo dos teus mamilos
Desta ímpar nudez faça meus agasalhos
E deles milhões de pares clones
Para apenas eu senti-los e tê-los
Afogamento
Autor: CharlesSilva on Sunday, 9 June 2013Afogamento
Estava eu com muita sede de amar, então conheci você, cai na sua piscina e quase me afoguei.
Charles Silva
Que os meus olhos possam ser
Autor: Magna Damiana R... on Sunday, 9 June 2013Que os meus olhos possam ser
águas cristalinas onde possas mergulhar
e livrar-te da poeira
que se acumula nos teus ombros ao longo da nossa jornada
Que os meus olhos possam ser
o espelho da tua essência
daquilo que és
mas não consegues ver
Que os meus olhos possam mostrar-te
a intensidade do teu brilho
e iluminar o teu olhar
QUANDO OS POEMAS CAEM DO CÉU
Autor: Henricabilio on Sunday, 9 June 2013Às vezes os poemas
Caem do céu
– Quais chuvas amorosas
Nos Verões escaldantes.
Tal como a água,
Os poemas amenizam o ambiente,
Refrescam o corpo
E ainda alimentam a alma.
Há quanto tempo
Não tomas o teu banho
De chuva?...
02.08.2011, Henricabilio
in "Poemas curto(-o)s"
Amor e Mágoas
Autor: CharlesSilva on Sunday, 9 June 2013Amor e Mágoas
Quem poderá julgar se era amor? Quem dirá se houve mais mágoas do que amor? O que teve mais peso? O peso de tantas mágoas, ou o peso do amor que havia? Quem poderá julgar? Só se sabe o que prevaleceu, e o que o tempo revelou, que o peso das mágoas venceu. Em um tempo futuro não caberá mais julgar o peso das mágoas, nem o peso do amor, serão apenas cicatrizes de um passado de amor e mágoas.
Charles Silva
Linha contínua
Autor: Leonardo Peracini on Sunday, 9 June 2013Linha contínua
Continuo a viver porque não sei quem sou.
Continuo porque continuando me afasto da morte.
Continuo porque querem que eu continue.
Continuo fugindo do continente que caminho porque ainda não determinei todo meu conteúdo.
Porque continuo eu sei. Não sei o porquê devo parar.
Então continuo, como um ponto que depois de um ponto não é mais ponto por querer continuar----------------
MÚSICO
Autor: ALEXANDRE CAMPANHOLA on Sunday, 9 June 2013Há de trazer festejo à distante ilha
O acorde que se ergue do bandolim;
Afastar as iras que existe em mim,
A alegre harpa que o músico dedilha.
Na sala escura, queda, melancólica,
Também ao piano Chopin murmurou.
Da viola uma nota alguém já acordou,
Tal qual o pastor co`a flauta bucólica.
Alguém já foi músico em seus pesares
Afinando as cordas do peito aflito,
Tristes sons perseguindo em seus cismares.