CRÔNICA DA MORTE POR NADA
Autor: CharlesSilva on Monday, 3 June 2013SÉRIE: “ CRÔNICAS LITERÁRIAS ” – P/Charles Silva
Crônica: 2 de 54
Título: “ CRÔNICA DA MORTE POR NADA. “
SÉRIE: “ CRÔNICAS LITERÁRIAS ” – P/Charles Silva
Crônica: 2 de 54
Título: “ CRÔNICA DA MORTE POR NADA. “
Paixão literal
Amante das palavras e da linguística
Sou amigo dos verbos, namoro as vogais
Adoro a perfeição das consoantes
Deliro com as conjunções e locuções verbais
Advérbios são minha companhia predileta
Pretéritos, gosto de abusar deles diariamente
Vou do perfeito ao imperfeito, escolhendo sujeitos
Substantivos me são atraentes, mas prefiro objetos
Diretos e indiretos, também convivo com adjetivos
Amo a língua portuguesa, e ela sabe disso
Charles Silva
Coisa que não se procura
QUEM NÃO TEM NAMORADO
A vida para tão de repente,
Quando se tem alguém em sua mente.
Se você não tem namorado,
É porque ainda não sentiu,
Esse mundo presente.
É dizer palavras que fazem sentidos,
Quando o amor esta envolvido.
Quem não tem namorado,
Anda sozinho sem ter ninguém do seu lado.
Que tem medo,
De contar seus segredos.
Quem não tem namorado,
Não sabe o que é amar.
Não sabe viver e nem se destinar.
Sei que posso ser feliz
Por mais que muitos torcem contra
Meus sentimentos
São maiores
Que aguarda o momento
Exato para comemorar
Por mais
Que em alguns momentos
Alguém não me entende
Mesmo assim sigo em frente
De cabeça erguida
Para ir à busca
Do que pode nos fazer feliz
Certeza eu terei sempre
Que conhecerei mais
O que venha ser o verdadeiro amor
Autor: José adão Ribeiro.
Sinto muito, mas tenho pressa
Sinto muito, mas tenho pressa, não vou esperar construírem-se castelos de areia a beira mar, eu não preciso deles. Certamente o mar os derrubará. Sinto muito, mas tenho pressa. Meus lençóis não gostam de visitas. Eles têm pressa. Já avisei a minha porta, se alguém ela deixar entrar, será para não ter mais nenhuma pressa.
Charles Silva
SÃO AS PALAVRAS SÃO O CORPO
Canto a palavra e sinto-me livre
– Possam outros sê-lo e voar comigo.
Arremesso a palavra e ela não vive
– Chora por encontrar o seu abrigo.
Bebo na palavra e sacio a sede
– Desfalece o frio, mesmo que haja neve.
Aceno com a palavra aos céus
– E todos os sonhos fluem na minha mão.
Fixo a palavra num poema e sou Deus
– Um minúsculo deus em oração.
Magníficas são as palavras sempre
Que o âmago do homem as sente!
07.04.2009, Henricabilio
Já vaguei por ínvios vales,
Como um doudo passarinho,
A fugir de tantos males,
Sempre em busca de meu ninho!
Respirei mais de mil ares
E habitei as ventanias...
Não pilhei os patamares
Que sonhei viver meus dias.
Meu Deus! triste e solitário
Embucei-me em tanto engano,
Só encontrei rente ao calvário
A paixão de um soberano.
Já segui turbas bacantes
E sorri com os mendaces,
E por infindos instantes
Vi a dor correr nas faces.
Eu vou-me embora! Agora o mar me chama.
Não chores Marina, amorosa dama,
Preciso muito as ondas enfrentar.
Ouço da Iara o canto feiticeiro,
Não me iludas c`o pranto derradeiro,
Não vai adiantar.
O mar me chama, escuto o seu gemido...
Mesmo que eu seja um homem dividido,
Minha áurea sina tenho que seguir;
Este desejo é uma brilhante estrela,
Que me conduz à condição tão bela...
No horizonte sumir.