SÃO AS PALAVRAS, SÃO O CORPO

SÃO AS PALAVRAS SÃO O CORPO

Canto a palavra e sinto-me livre
– Possam outros sê-lo e voar comigo.

Arremesso a palavra e ela não vive
– Chora por encontrar o seu abrigo.

Bebo na palavra e sacio a sede
– Desfalece o frio, mesmo que haja neve.

Aceno com a palavra aos céus
– E todos os sonhos fluem na minha mão.

Fixo a palavra num poema e sou Deus
– Um minúsculo deus em oração.

Magníficas são as palavras sempre
Que o âmago do homem as sente!

07.04.2009, Henricabilio

SINA

Já vaguei por ínvios vales,
Como um doudo passarinho,
A fugir de tantos males,
Sempre em busca de meu ninho!

Respirei mais de mil ares
E habitei as ventanias...
Não pilhei os patamares
Que sonhei viver meus dias.

Meu Deus! triste e solitário
Embucei-me em tanto engano,
Só encontrei rente ao calvário
A paixão de um soberano.

Já segui turbas bacantes
E sorri com os mendaces,
E por infindos instantes
Vi a dor correr nas faces.

O MAR ME CHAMA

Eu vou-me embora! Agora o mar me chama.
Não chores Marina, amorosa dama,
Preciso muito as ondas enfrentar.
Ouço da Iara o canto feiticeiro,
Não me iludas c`o pranto derradeiro,
Não vai adiantar.

O mar me chama, escuto o seu gemido...
Mesmo que eu seja um homem dividido,
Minha áurea sina tenho que seguir;
Este desejo é uma brilhante estrela,
Que me conduz à condição tão bela...
No horizonte sumir.

A ONDA QUE TE TRAZ...

Igual a uma onda, a tua voz chega até mim
Em um leve sussurro sibilando docemente
Pelo bater das asas de um suave querubim
Mostrando teus enredos de modo diferente

Idêntico à espuma, vi tua onda me abraçar
A roçar a branca areia, igual à onda do mar
Em vagas oscilantes o amor cedeu à calma
E nos respingo da chuva lavamos nossa alma

Ao varrermos os medos dos sótãos e porões
Desvendamos segredos, fantasia e emoções

Navegando nas águas do prazer e da beleza
Sentimos a calmaria do amor sem correnteza

Lourdes Ramos

VOU EMBORA

                                        VOU EMBORA

Alô! Pessoal!

                             Vou falar de um assunto pessoal...

                        Vou embora, não dá mais pra ficar...

                              Com a solidão à maltratar.

                  Vou sem saber onde ir, só sei que vou partir!

Duas peças de roupas é o suficiente, pra enfrentar o sol quente!

     Não sei onde vou parar, porque também não pretendo voltar!

               Se é assim o meu viver... É melhor morrer!

O Mar Devolveu-tê Á Mim

Não vá morrer nenhuma de ti,
Traga o sol dos seus olhos;
O mar devolveu-tê á mim.

Morri para viveres nas eternidades,
Dos meus versos que por ti canto;
Não durma no infinito do meu pranto,
Quero sentir teus pés nas minhas cidades,
De trovas contínuas vestidas de felicidades;
Nada e ninguém tem direito de dar-tê o fim,
O mar devolveu-tê á mim.

António Vicente Aposiopese

Muitos dizem que ama

Muitos dizem que ama
Mas ao mesmo tempo
Não sabem o que é o amor
O que atrai muito é dinheiro
Principalmente com boleiro

Que muito ganha e esbanja
Muitos dizem que ama
Mas o amor é mais
O tempo sempre mostra

Os caminhos...
De conquista, separação.
Ilusão quando é visto
Do lado material

Mas que o amor
Seja sempre transparente
E que busque sempre
O que sentimos em nosso
Ser maior.

Autor: José adão Ribeiro.

Garra de amor

Garra de amor
Desejo ter sempre presente
Tudo que eu sinto
Que me faz feliz e contente

Garra de amor
Tenho que valorizar
Tudo que for possível
E com você ao meu lado
Meus sentimentos
Sempre encantado

Garra de amor
Acredito nesta essência
Felicidades têm comigo
E não possuo carência
Dor distante atrai diamante
Fazendo nosso coração
Viver a grande emoção

Autor: José adão Ribeiro.

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