O fogo que arde sem se ter
Autor: Reirazinho on Friday, 12 August 2022Ardendo sem se ver,
O fogo então apagado,
Putrefação não vai ter,
Nem será queimado.
O caixão é invisível,
O defunto, é o pó,
Voando e destemível,
Sozinho, sozinho, só.
Eterno éter a vagar
Numa noite fúnebre.
Fantasma a malograr
O terreno insalubre.
Se o amor é fogo
E arde sem se ver,
Morre lá no lodo
Chafurda sem se ter.
poemas da razão
Autor: António Tê Santos on Thursday, 11 August 2022circulo por terrenos irregulares onde sei que o amor é um logro e que as palestras sentimentais vertem melindrosas opressões; onde me afasto de tudo o que se prolonga para lá da comunicação elementar; onde examino os interesses que pululam na vida.
GONÇALVIANO
Autor: DAN GUSTAVO on Thursday, 11 August 2022Incompletude
Autor: Frederico De Castro on Wednesday, 10 August 2022SEIS INDAGAÇÕES
Autor: FERNANDO ANTÔNI... on Tuesday, 9 August 2022
1.
para que instaurar
atos forjados
entre paredes mortas?
2.
para que postergar
urgências preditas
do éden secular?
3.
para que apagar
miragens provisórias
com blindadas auroras?
4.
para que expurgar
soluções evidentes
se seu viço é de glória?
5.
para que vergar
a pane das rochas
sobre a ruína do pó?
6.
para que refratar
o punho erguido
se seu gemido é de cólera?
Procuro um amor
Autor: Almaemchamas on Tuesday, 9 August 2022vento do leste
Autor: Sílvio Alves on Monday, 8 August 2022Lágrimas de chumbo, em caras inocentes.
A orquestra de fundo é uma bomba viva,
Corre sangue quente em todas as frentes
E não se vislumbra uma pomba activa.
Impera a loucura em todas as mentes,
A orquestra de fundo é uma bomba viva.
Vento do Leste, transporta loucuras
E os braços de Deus, não abraçam ninguém.
Em discursos vãos, apenas vês juras
De apostar em armas e nada as detém,
Nem mesmo o choro das crianças puras.
E os braços de Deus, não abraçam ninguém.
poemas da razão
Autor: António Tê Santos on Monday, 8 August 2022as minhas emoções contêm úlceras que não cicatrizam; a minha fantasia abrasa quando eu percorro as ruelas do mundanismo; as minhas palavras fustigam quando eu me aproximo da ignóbil gente.
poemas da razão
Autor: António Tê Santos on Sunday, 7 August 2022inventam-se subterfúgios que geram esperanças que não existem nas crónicas benevolentes da humanidade; ou transfere-se para as atoardas a violência que humilha os servidores desta vida dissonante.