Noite

Noite singrando vales em escuras sombras,que nostálgicas,abraçam o luar como se o quisessem sufocar.Assim também o coração pressente o mistério dela e sua eterna cor de solidão.Noite que se faz quieta embalando o sono dos inocentes e de consciência tranquila,mas que apavora os incautos,que se deixam tomar por insonias que prendem a alma não a deixando descansar.Noite,apenas noite,uma dádiva que o universo doa, enquanto o novo dia se prepara do outro lado do mundo para brilhar novamente.Faz-se assim a

“Terra”

 

 

 

Terra nos olhos, da boca chega-me aos ouvidos;

Terra nos pés, das pernas ao coração…

Só não tenho a ti, ò amada dos meus sentidos;

Tão presos a mim, em correntes de solidão…

 

Terra! Terra mastigada até ao meu peito,

Como se fosses o horizonte de todas as angustias;

Pages