Não durma por está estranho

FLOR DE NOVEMBRO

COMO EU ME VEJO. COMO OS OUTROS ME VEEM. COMO DEUS ME VÊ.

De: William Vicente Borges

Sou eu no espelho

Enrugado

Duro

Impróprio

Ridículo?

Sou eu no retrato

riscado

Borrado

Surrado

Passado.

Sou eu nos teus olhos

Mistério

Afetado

Sei lá

Não sei.

Sou eu aos olhos de quem?

Humano

Ferido

Encharcado

Cercado.

Sou eu aos olhos de Deus

Sua Imagem

Alma vibrante

Quando tudo se encaixa, é questão de tempo para que o certo, o desencaixe e se transforme novamente em incerto, desencaixado, tenho até a intuição que o responsável pelo desencaixe é o próprio certo. Parece-me que o poder da incerteza é maior do que da certeza, seu tempo de sustentação é ilógico e desconexo, incompreensível à luz da consciência psíquica. Mas também, como já se sabe que o universo está em constante expansão, o homem não poderia ser diferente, aliás, quem sabe o homem não seria o próprio universo?

Existem coisas que são impossíveis de entender, como palavras que são impossíveis de dizer, por isso dizemos meias palavras.

Em algum dia, todos irão morrer, mas nem todos irão atingir a meta da vida, seu sentindo último.

DNA Neandertal

Minha ilha não tem porto e não comporta navios, apenas pequenos barcos. Cada barco só pode ter um lugar, porque meu coração é uma ilha, ela é unilateral, e não comporta navios.

Charles Silva

Diz uma velha canção

Tire seus olhos de mim, tire suas mãos de mim, tire sua tirania de mim, tire suas garras de mim, tire sua vida da minha. Não posso me permitir essa escravidão emocional, preciso respirar, andar livre, caminhar sozinho. Preciso aprender a viver com as minhas fraquezas, meus pontos fracos não podem ser usados para manter teu poder sobre mim. Preciso aprender a ser só, como diz uma velha canção.

Charles Silva