Diz uma velha canção

Diz uma velha canção

 

Tire seus olhos de mim, tire suas mãos de mim, tire sua tirania de mim, tire suas garras de mim, tire sua vida da minha. Não posso me permitir essa escravidão emocional, preciso respirar, andar livre, caminhar sozinho. Preciso aprender a viver com as minhas fraquezas, meus pontos fracos não podem ser usados para manter teu poder sobre mim. Preciso aprender a ser só, como diz uma velha canção.

 

Charles Silva

Agradeço

Agradeço

Agradeço tua passagem em minha vida

Agradeço pelos muito bons momentos de risos

Agradeço pelos momentos ruins, pelas brigas

Agradeço pelo ciúme, pelos palavrões ditos

Agradeço por teres me traído só pra humilhar

Agradeço por ter te traído também

Agradeço por teres saído da minha vida

Agradeço por agora andar em paz, sozinho

 

Charles Silva

Pesos e medidas

Pesos e medidas

 

Ponderações sobre o peso das emoções em sua vida não cabem, mas sim a medida e a intensidade delas é o que vale, pois é a intensidade delas que deixa marcas e ficam na lembrança por toda a vida. Porque as paixões só podem ser medidas em intensidade.

 

Charles Silva

Soneto de um jovem triste

 

Soneto de um jovem triste

 

Andava na rua tristemente

Pensava em um amor perdido em fim

Por uma quimera fiquei assim

Com o pensamento pouco ausente.

 

Dor que enleava minha mente

Foi a mesma que brotou em meu jardim

Por pouco quase me perdi de mim

Vivo cá no meu mundo pungente.

 

Que pena de mim sem querer sofrer

Indo atrás da alegria sofri

Hoje sinto falta do meu querer.

 

Lembro-me de tudo que eu vivi

Ao teu lado sempre sonhei em ter

CASTELOS E SONHOS

CASTELOS E SONHOS

Construímos castelos, mas os mares da vida os derrubaram.
Depois inventamos sonhos, e as luzes dos dias nos despertaram.
Fizemos tudo certo e horas tudo errado.
Deixamos sonhos por sonhar e castelos por fazer.
Nossa estupidez acabou com nossos castelos e nossos sonhos.

Charles Silva

Sorrisos cordões do amor

 

Ela era um talher de prata,

Ele uma manhã de cama macia.

Tudo que dois jovens não eram

Eles eram

E como eram.

 

Lembro que um segurava o som com os ouvidos

O outro dançava na calçada da noite nua.

Mundos foram bailes e universos lábios

Pernas de sono e gestos carentes de sim

 

Ouvia-os sempre que estavam ausentes de minha

Tumultuada vida de jardim feito para borboletas

E canários de sol.

Será que cordões amarram em nó todo o universo

Ainda feito de seda e canção para ninar?

Era

Era

Era tarde e um vento frio entrava pelas frestas da janela
Era madrugada e eu vigiava o teu sono tranqüilo
Era o sono que me faltava e eu contemplava o teu
Era um cenário, pouca luz, muito silêncio
Era eu querendo ver o amanhecer
Era eu esperando tu despertar
Era eu querendo ver teus olhos
Era eu querendo dizer-te bom dia
Era eu querendo ver teu sorriso
Era um tempo em que era feliz

Charles Silva

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