Mar
Céu
Elo...

Mar
Céu
Elo...

Bis...
Bis...

Quero

Mar
Céu
Elo...
...
Infinitamente
...
Mar
Céu
Elo...

Sempre
Bis...

Meu Amor...
Por onde andas...
Em que lua te escondes...
Em que mundo te deleitas...
Venhas... estou te chamando
Venhas... eu te amo...
Deleite-se com tua cama fresca
Pura, deliciosa e morena
Sou tua terra fresca: enamorada
Te quero... para que deites sobre mim
E me faça teu eterno amor...

Silêncio

Não faça nada, apenas espere.

Não quebre o silêncio se não tem nada a dizer.

Espere em silêncio.

Escute o que você tem a dizer,

E o mundo silenciará diante das tuas palavras.

Sou lusófono
Sou brasileiro
Defendo minha língua
Sou cão perdigueiro.

Brasil, Lisboa, Macau,
Angola, Moçambique e Goa
Sou da terra miscigenada
Onde a língua mãe adorada
Se transformou em avatares.

Negro, branco, indígena
Árabes e migrantes
De várias línguas e dialetos
Firmaram novas linguagens
Salve a minha etérea guerreira
Que me faz escrever lindos versos
Salve a minha amada menina
Salve a Língua portuguesa.

Na nevralgia do Tejo
Estou amante e nervoso
Desejoso por tua volta.

Desde séculos a tua espera
Azeites de toda espécie
Correram pelas minhas paredes
E aqui escrevo teu nome enluarado.

Minha arquitetura é rude
Foi para os cristãos o clamor
Do paganismo muçulmano...
Nasci maometano e vi a cristandade
Me roubar colossal beleza.

Mas ainda estou bravo e retumbante
Colosso marginal no Tejo
Que guarda a saudade e te consola.