ELE...

Ele,
Primeira pessoa de todos os meus verbos,
em infinitos tão soberbos,
incapazes de conjugar...

Ele,
que sem saber é plural,
no meu corpo intemporal,
com o seu jeito singular...

Ele,
palavra dissilábica,
que eu de forma sistemática,
gosto de silabar...

PARA MINHA MÃE: OXUM!!!

Teus rios cor de âmbar correm em cachoeiras para mim...
Teu ouro é minha vitória e teu amor de mãe me consola...
Sou como teus olhos: um Narciso apaixonado pelo ouro que me trazes
Mas não és somente tu quem me ofertas presentes adocicados...
Pois no teu aguardo abro minhas mãos de caçador veloz
E na mata que espera o desemboque de tuas cachoeiras
Te nutro de alimento vivo enluarado e dezenas de adornos encantados
Cristais, continhas, topázios e laliques perfumados: de namorado

No fundo... Amei-te

 

" No fundo... Amei-te."

 

Falei de mim, quis dizer, no fundo... Temer,

Olhei para Ti, quis voar, no fundo... Amar,

Toquei-te aí dentro, gemi, no fundo... Possui,

Soltei o olhar, concebi o teu ego, e no fundo... Quis entrar,

Sublinhei os teus lábios, numa doçura inconstante, 

No fundo... Humedeci,

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