"Páginas de Solidão"

 

O evento conta com "Manuela Ferreira" que irá declamar algumas poesias

Conta também com a ensenação teatral em MIMICA do poema mais elegido; aliás, qual conta no reverso da capa: "Águas e Gritos.

Durante o evento contamos com a participação da nossa amiga: "Katya Borges" que providenciará uma projecção de Powerpoit contando a história artistica da poesia com imagens relativas ao livro: "Páginas de solidão" e outras que emitam a sensibilidade dos sons mais assimilados ao evento.

Obscura

Se dizias que me amavas

Então dizes por que deixou

No meu coração as maiores cavas

De um amar que nunca me amou!

 

Nunca brinques com o coração d'um apaixonado

Pois este é frágil, preso e inocente

E por mais que da paixão carregue o fardo

Não merece sofrer desse calor latente...

 

E agora, te vejo obscura

Como um cadáver jogado à morte

Como a alegria que a vida me roubou

 

Percebo que o amor não procura

O ser com a melhor sorte

Para adoentá-lo com a praga do amor!

 

Apagão

 

É comum o sapo morrer na lagoa.
O mendigo comer lixo na sarjeta 
O tráfico de entorpecentes nas escolas, 
A fila quilométrica do INSS fazendo curva na rua estreita
O moleque desde a tenra idade viciado em cola.

É comum a violência subjugar a lei. 
A mãe com uma “penca” de filhos no semáforo pedindo esmolas 
O inocente ser refém da mesma grei,
Os filhos desesperados do desemprego 
os escravos das drogas.

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