*DESPEDIDA AO SOL*

Adeus, adeus, ó Sol! grão moribundo
Tão amado dos mysticos amantes!
Vae dourando inda os ninhos e os mirantes
E os sinceiraes, o Mar, o velho mundo!

Vae! vae! ó astro lyrico! no fundo
Das aguas apagar-te!... Os teus instantes
São curtos, coração largo e profundo!
Mas da minha amargura semelhantes!
E, no entanto, astro de fogo, astro tyrano!
Se a tua chaga é funda, no Oceano
Todo o teu sangue ali podes lavar!...

SALDO

 

Vende-se o que os Judeus não venderam, o que nem a nobreza nem o crime

provaram, o que o amor maldito e a honestidade infernal das massas ignoram;

o que nem a ciência nem o tempo reconhecem;

As vozes restauradas, o despertar fraterno de todas as energias corais e

Pages