*DOENTE*
Autor: Gomes Leal on Wednesday, 23 January 2013Podesse eu junto a mim--eternamente!--
Sentir roçar, meu bem! o teu vestido
E ó ventura! o teu bafo enfebrecido,
Teu doce olhar e o teu sorrir doente!
Caia do monte o cedro! a grande molle!
Que feneça a _herva prata_ lá no val--
Que me importa!--e qual é meu grande mal
Que morra o cedro, e a planta s'estiole!...
Mas tu, meu bem! mais bella que a _herva prata_
Banhada pelo orvalho transparente...
Não quero que te vás de mim, ingrata,
--Nem teu olhar, nem teu sorrir doente!
BÁRBARO
Autor: Rimbaud on Wednesday, 23 January 2013
METROPOLITANO
Autor: Rimbaud on Wednesday, 23 January 2013
Do estreito de índigo aos mares de Ossian, sobre o laranja e o rosa da areia
que banhou o céu bordô, acabam de subir e se cruzar bulevares de cristal
habitados de repente por jovens famílias pobres que se alimentam nas
Porque é que existo?
Autor: Fátima Carmo on Wednesday, 23 January 2013Sinto que nada sou
E que nada vou ser
Pois para onde vou
Nunca chego a aparecer
Se apareço, logo desapareço
Como algo que não existe
Até eu, de mim me esqueço
Sou alguém que só assiste
Porque é que vivo
Se o meu corpo morreu
Para nada sirvo
Nem sei, quem sou eu
Qual a razão de tudo isto
Se sou o inverso
Porque é que existo
Neste mundo perverso
O meu corpo jaz
Transforma-se em pó...
Já estou em paz,
Mas continuo tão só...
A Espera
Autor: Fabio Renato Villela on Wednesday, 23 January 2013
O CASAMENTO DA LUA
Autor: mongiardimsaraiva on Wednesday, 23 January 2013Poetas de calos nas mãos!
Autor: Nuno Lino on Wednesday, 23 January 2013Poetas de calos nas mãos
Que são poetas, todos uns poetas!
Palavras aventadas como barro a parede,que soa a insulto!
Que associação existe entre o escritor e o indigente?
Entre o racional comtemplativo com um elemento a abater?
De que numa sociedade em crise surgem os juizos,a insana busca de um bode a pagar!
Assim se procura o culpado!
Porque não procuramos nós o herói ?
SOB A PONTE DO RIO
Autor: Marco Aurelio Tisi on Wednesday, 23 January 2013Convincentes...
Autor: Ártemis on Wednesday, 23 January 2013
chegam já nuas ao meu corpo,
vestidas apenas de desejo,
essas mãos onde eu vejo,
o meu mundo remexer...
mãos que falam,
mãos que calam,
mãos que sabem tão bem ler,
as vontades do meu corpo,
que a boca não quer dizer...
Convencem os meus sentidos,
a entregar-se à paixão,
quando firmemente me tocam,
que deliciosa sensação...