a totalidade das perguntas sem resposta

 

Queria poder entender

certas coisas da vida

e do Universo

ainda que longe de conhecer

a totalidade das perguntas

sem resposta que regem

o todo

 

queria ter pelo menos

uns porquês

que fossem suficientes

para acalmar

meu inquieto coração

 

Perguntas sem fim

me levam para um mar

em que percebo

depois de muito me debater

que não sei nadar

 

Queria somente

uma resposta

talvez

por que

naquele dia

aconteceu

O VOO DAS BORBOLETAS

Lidar com pessoas, é como atravessar uma grande floresta...Você deverá ter sempre o máximo de cuidado, principalmente se não conhecer bem o caminho e o fizer no "escuro"... Encontrará pequenos e grandes insectos...Animais curiosos e famintos, outros indolentes e desinteressados...Haverá muitos buracos e pedras no seu caminho. Avistará grandes árvores, que poderão  lhe parecer enormes e sombrias. Quase ameaçadoras...Alguns sons serão familiares, outros estranhos e inquietantes...Poderá sentir um grande cansaço, o que o tornará vulnerável e ofegante.

Embebido

Bebeu um porto.

Meu amor bebeu,

Bebeu com gula o dia e o breu

Em talhas de bronze o vinho morto. 

Quantas velas levadas pelo mar!

Porém, do lado de lá só imensidão...

Inundando meus passos perdidos por entre as águas agitadas da solidão,

E o pesadelo nada de acabar. 

Bebo mais um gole diante desse olhar eclipsado.

Duas taças não são suficientes,

Talvez compulsivo, eu ainda esteja alucinado. 

De repente... Um cometa solitário risca o céu.

Seu clarão previamente iluminam meus olhos de chuva...

NO MEIO DO NADA

 

No meio do nada
Estamos tu e eu...
Mentes insanas
Que buscam o dever...
Do ser,
Sem aparecer
E convencer...
Procuramos apenas
Viver e nos contagiar.
De nós em nós,
Sem mais amar...
Mais além...
E apenas também,
No gesto de agradar.
O nosso par...
O nosso eu...
Que em tudo,
É meu
E teu.

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