HUMILHAÇÕES
Autor: Cesário Verde on Friday, 4 January 2013
A MEU IRMÃO AUGUSTO
Outomno, meu Outomno, ah! não te vás embora!
Ás minhas, eu comparo as tuas extranhezas.
Ah! nos teus dias não ha Julhos nem aurora,
E só crepusculos... Crepusculos são tristezas!
E tu que já passaste o Outomno só commigo
Não pensas ao cahir de tantas agonias
Nas minhas, que tu sabes, ó meu melhor amigo?
Cahi, folhas, cahi! tombae melancholias!
A Miguel Pizarro, na irregularidade simétrica do Japão.
Você não deve perder a fé na humanidade. A humanidade é como um oceano; lá porque algumas gotas do oceano estão sujas, o oceano não fica sujo.
O mundo é um palco, e todos os homens e mulheres meros atores: eles têm suas saídas e suas entradas, e um homem em seu tempo desempenha muitos papéis.
Gracioso filho de Pan! Em volta de tua fronte coroada de florzinhas e bagas
teus olhos, gemas preciosas, se movem. Manchada de fezes cinzas, a cova das
faces. Tuas presas reluzem. Teu peitinho parece uma cítara, sininhos circulam
no bronze dos teus braços. Teu coração bate nesse ventre onde dorme o duplo
Sentir medo pra quê?
Sentir medo de te perder,por quê?
Eu estou tranquila........
Tranquila tal qual as manhãs frias de domingo!
Posso até gostar de alguém,
Posso até sair com alguém,
Posso até sorrir pra alguém,
Posso até falar de alguém,
É!Me consolar ninguém se atreve,
Minha tristeza está maior do que a fila do INSS!
Eu choro o dia inteiro,
Eu fico triste o dia inteiro,