Jazigo das rosas

Onde ela será sepultada
Não haverá cova
Nem terra a sucumbir
Sua fúnebre homenagem
Será perpétua
Nenhuma gota da chuva
Lavará sua tristeza
O homem ignorante
néscio homem ignorante
cortará sua raiz
Nenhuma mosca na entranha
E um dia não perdoará
Sem compaixão na barganha  
Muito menos vingará
A rosa que sangra eternamente
E Deus não convalesce
Ao jardim das tristezas obscuras

O conhecimento da morte

Mas afinal o que é a morte?

Um anjo caído do céu que precisa de forças para voltar a casa?

Uma volta ao mundo sem asas para cortar a respiração?

Uma ferida aberta com sangue inocente nas mãos de uma automutilação?

Da morte não tenho medo,

O que me assusta

É a falta de conhecimento que temos dela…

O sol

Sei que estás aqui

Tão longe e tão distante

Mas ainda chamo por ti

Mesmo que a dúvida seja hesitante

Não existe pessoa como tu

Quando chove são as minhas lágrimas

E é nessa tempestade que te prometo

Guardar-te para sempre nas minhas páginas.

És a música que mais gosto de ouvir

O livro que nunca acabei de ler

És o filme que me faz sorrir

O poema que ficou por escrever.

Sei que nada dura para sempre

E nenhum de nós o pode alterar

Mas permanece em mim

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