Teus Olhos Entristecem

Teus olhos entristecem
Nem ouves o que digo.
Dormem, sonham esquecem...
Não me ouves, e prossigo.

Digo o que já, de triste,
Te disse tanta vez...
Creio que nunca o ouviste
De tão tua que és.

Olhas-me de repente
De um distante impreciso
Com um olhar ausente.
Começas um sorriso.

então pode entrar

Não me diga que não virá
me faça o favor deixe uma mensagem de voz
quero lhe ouvir
quero saber porque
se fiz algo pra ti
se fiz foi sem querer não queria lhe perder
foi algo sem pensar
posso ao menos lhe mandar flores
vermelhas tua cor favorita
o nosso primeiro encontro voce estava vestida de vermelho linda
marcou fiquei apaixonado
lembra da musica que tocava(noites com sol- Flavio Venturini)
dançamos
uma noite incrível .
( continua)

Astro

Astro marinho, de sete mundos ocultos,
Expande a minha vontade além
E toma o meu desejo para o teu ser.

Se o sempre se mostrar horas a mais,
Então transforma vinte e oito sonhos
Num segundo de verdade carnal.

Brilho desse misterioso gigante ondulado,
Reluz do teu elemento a real forma livre
Daquilo que nos meus braços acarinho.

Nenhum pasto aqui

Eu poli minha mente
com espetaculares pensamentos
eu descobri pelo megafone a voz que acariciava a minha alegria
eu proclamei a cada ser humano
sua anistia predileta
eu implorei a Deus, multiplicar mais cores no arco-íris que desejo
pedi ao vidraceiro o espelho que ainda não me vejo
não me canso de ir à feira procurar a fruta, com o gosto do teu beijo
eu contei aos meus prediletos amores, poucos segredos
a perversidade é colírio nos teus olhos
quando o amor tem prazo de validade
a verdade é jogo de tabuleiro

Chromatica

Vermelho é o sangue que atiça corações,
Azul é o mar que afoga mágoas,
Verde foi a esperança lançada ao Céu;
Assim se faz um início de uma tela.

Ao espelho cromático não atrevo
Tentar enganar e seguir minha verdade,
Pois todos os feixes reluzem um lugar,
Esse ocupado é pela tua presente figura.

Resisto feito topázio, aparente durão,
Reflito como espelho de obsidiana a pureza
De sentir neste coração rico como ammolita,
Mas tudo é visível - sempre foi - como um quartzo.

Mar

Primordial benevolente e Parente,
Dono de todo o ser tão carente
Do teu sangue cujo derrame
Varre a terra e purifica o enxame.

Por ti eu observo e paraliso
O coração de pedra... Sim, preciso
A erosão que me salva de mim mesmo,
Refletindo na hemoglobina o meu abismo.

Gota a gota, cai a máscara protetora,
A leal mentira, que concilia dor outrora,
Quando de ti longe fiquei... O dono
Soube como atuar; ligou-nos o oceano.

O que o mar separa, o oceano repara.

Amor, sonho da noite

Ai Céus, Ai Deus,
O onírico concede a paisagem dos olhos teus,
E se acordar - não, não - perco a dádiva de sofrer,
Então antes fico para morrer.

O escuro brilhante do astro marítimo
Faz-me amar aquilo que não se desama,
Encontrar o que não se perde,
Perder-me no infinito muitíssimo verde.

Ai como eu sinto o que não devia
Pois em cada pensamento estás tu,
Invasora acolhida no todo que eu vivia.

Foi o frio

Foi o frio que escorregou
para dar passagem ao teu corpo febril
foi uma história bem contada
de tempos atrás
foi o amor de janeiro a dezembro
colorindo o livro de todos amores
foi dor e aprisionamento
não autorizado que perdeu sua força
amor em quantidade verdadeira
para sempre, amém !
Foi o vinho inebriante na taça de Baco que deu força
e coragem explícita
para o delicado e o selvagem amor
foi uníssono e sonoro o meu grito e a intenção severa
de te amar para sempre

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