Umbra
Autor: Egas de Souza on Tuesday, 19 August 2025 Porque continua a penada
Alma, perdida,
A regar um prado
Morto,
Extinto de cores?
Que razão da alma é
Para não largar
Da dor?
O que salva
É a sombra,
Volta e vai solene e bondosa.
Sombra da cor
De uma flor do Amor.
A flor vive, mesmo que morta,
Já que cor é o seu ardor,
E a minha esperança por a ver outra vez
É senão penumbra do meu coração
Em sonhos de saudade.