o teor da minha liberdade
Autor: António Tê Santos on Tuesday, 3 June 2025há um lado oculto nas pessoas que atinge o núcleo do seu comportamento num jornadear louco e febril até à imprudência e até ao delito; até à regressão da sua sensibilidade.
há um lado oculto nas pessoas que atinge o núcleo do seu comportamento num jornadear louco e febril até à imprudência e até ao delito; até à regressão da sua sensibilidade.
as minhas ideias projetam-se da razão para o lupanar existencial onde a turbulência é gritante: onde a turba esperneia removendo o pudor dos seus atos malvados; onde a perfídia é assestada à ingenuidade dos homens sinceros.
tenho empenho em resistir aos temas banais que ofendem a minha instrução; os meus valores e as minhas aspirações; a essência dos poemas que escrevo; os símbolos da minha harmonia.
há doutrinas que revigoram os nossos propósitos quando ajuízam a estrutura que nos torneia; quando promovem a serenidade naqueles que as assimilam; quando fraturam os tentáculos dum poder anquilosado; quando refutam as mensagens torpes que nos perturbam.
idealizo um mundo sem as asperidades que resultam da convivência humana; sem as opressões que se amontoam nas nossas consciências; sem os insultos recebidos por aqueles que não se conformam com um linguarejar antiquado.
insiro a veracidade no catálogo das minhas experiências mundanas: das minhas pegadas afetivas; dos raciocínios que sustento e que ilustram a minha evolução; das ilusões que perdi nos trilhos duma vida pungente.
a importância que têm as nossas conquistas quando ouvimos o ribombar dos canhões dos inimigos...: elas enfatizam a nossa liberdade quando há sinos que repicam apregoando um novo alvor; a nossa missão redentora.
persigo uma senda imaginária onde a ternura impera; onde os conflitos usuais não têm lugar; onde os desacertos humanos não perseveram; onde as exposições da cultura manifestam o seu fulgor.