Ser Lusitano

Ser Lusitano

 

As águas extravasaram o leito,

As feras desceram à cidade,

Mas do ilustre Lusitano peito,

Ouviu-se o grito da Liberdade.

 

Todos os Deuses se reuniram,

Bruxas e demónios acorreram,

Do ilustre peito Lusitano saíram

Gritos dos que não se submeteram.

 

Nos mares, Sereias se calaram,

Temendo tamanho terror,

E até Musas se resguardaram.

 

Exaltou-se ilustre peito Lusitano

Enfrentando, sem qualquer temor,

O Mostrengo em pleno Oceano.

 

Conhece-te a ti mesmo

No ato de querer intensificarás, 
conscientemente, a sua vontade, 
Teu desejo!
 
No ato de querer, aflorarás
a ciência natural desconhecida,
Teu desejo!
 
Conhece-te a ti mesmo,  manusya!
Tudo tem a ver com tudo...
Qual a tua verdadeira vontade, neófito?
 
O que governa todo o sistema?
 

Dois Corpos

Dois corpos desnudados,

Quais árvores no inverno,

Um no outro, enrolados.

Promessas de amor eterno,

Por entre beijos trocados,

Uma caricia, um gesto terno.

No descontrole da excitação

Perde-se o senso, a noção.

 

Caminho de único sentido,

Rumo ao epilogo final,

Tudo é dado, nada é pedido,

É momento de entrega total,

Não há objectivo definido,

Ele surgirá de modo natural.

Flutuam aromas de amor,

O mundo ganha outra cor.

 

Momentos únicos, originais,

Alma Perdida

Quero lá saber quem eu sou,

Só quero saber, quem tu és,

Não me importa onde vou,

Irei onde me levem teus pés.

 

Na tua sombra me oriento,

Seguindo-a por todo o lado,

Teu caminhar me dá alento,

Sem ele, prefiro ficar parado.

 

Não queiras fugir de mim,

Sem ti nem sei por onde vou,

Mas sei que irei até ao fim.

 

Que me importa minha vida,

Se até já nem sei quem sou,

Só sei que não sou alma perdida.

 

Francis Raposo Ferreira

09/09/2019

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