falece a liberdade quando os arautos da impostura publicitam a sua malvadez; quando os vereditos das maiorias não condizem com os juízos expressos pelos sábios; com as suas elaboradas afirmações.
eu perfurarei os meus versos até que sangrem efeitos benignos: até que eles me libertem das agressões humanas; até que recuperem o meu fôlego no coração da bela poesia; até que ultrapassem as marcas do tempo e as suas imposturas sentimentais.
Hábito de ler
Mauro Antonio
Promova entre os seus a leitura
Pra que adquiram gosto a uma cultura
Que lhes abram os olhos mentais
A desenvolver digna postura,
Que não se deixem enganar mais
Por velhacos, politiqueiros e bestiais.
Incentive os seus o hábito de ler
E veja um novo país nascer.
Nobres apedeutas
Mauro Antonio
No decorrer dos milênios
Desde a época dos Essênios
Confundiram nosso pensamento
Conseguindo assim nos convencer
Que precisávamos obedecer
Ao que os "homens de Deus" têm a dizer.
Nobres apedeutas ignoram no entanto
Agora termos o Universo em desencanto.
as razões que defendem as pessoas para rejeitarem o amor... para escapulirem aos seus desenganos e aos seus trágicos conflitos... para subverterem os seus titubeantes percursos e se refugiarem numa arraigada solidão...
Senso comum
Mauro Antonio
É normal mudar de opinião,
Buscar uma nova direção
E saber dizer não.
É normal querer o melhor,
Sentir-se bem estando só,
Levantar e sacudir o pó.
Hoje, graças a Deus, é do senso comum
Ser contrário ao fim da escala 6X1.
feradapoesia.blogspot.com
#fimdaescala6X1
escutei cantigas afetuosas para me furtar às obstruções mundanas: aos seus processos austeros de dispor a inocência no teatro onde prepondera a malvadez; onde os obreiros da repressão se insinuam.
ostracizo os funestos pensamentos para o descampado onde moram as angústias; onde o recheio da malignidade se afunda em quezílias banais; onde se digladia a gente subalterna.
Carta a Sra. Méry Christmas
Mauro Antonio
Querida Senhora, esse seu marido,
Vendedor de ilusão e refrigerantes,
Não revisita ninguém noutros instantes,
Não vê a dor do povo sofrido.
Sequer sabe ele que pessoas
São escravizadas na escala 6X1
Sem compaixão de ministério algum,
Segue com suas renas numa boa.
Quero também frisar
Que pobre com ele não tem lugar,
Seu trenó desvia dos morros,
enveredo por um trilho intelectual onde os meus poemas rebentam o gradeado da mediocridade para descobrirem o homem novo; onde os conselhos dos sábios irrompem no meu pensamento para que eu rejeite os tumultos humanos.