Reciprocidade
Autor: Ricardo Santos ... on Monday, 29 October 2018
Tu me olhas e ao mesmo tempo és correspondida;
Tu me olhas e ao mesmo tempo és correspondida;
No teu olhar, vejo o espelho dos meus olhos, que refletem o maior amor do mundo;
África retrata o drama dos agonizantes da fome, seres que se encontram no limiar entre a vida e morte e que buscam em seus benfeitores, não mais do que o mínimo: poder sentir em seus corpos que a vida ainda pulsa e o direito desesperar para lutar por sua dignidade, na mas restrita e miserável condição humana.
O poema está exposto em um fundo que expressa o estado de uma vida árida e sem esperança, seu texto manteve o branco da paz e do inexorável destino do ápce do sofrimento humano.
Ouvi um poeta dizer
que a lua é amiga da poesia
e dos poetas
Ouvi um apaixonado dizer
que a lua inspira o amor
e os amantes.
Eu...
estou magoado com a lua
porque não atende o meu pedido.
Sempre que a olho
emudeço com a sua beleza
e recordo outra beleza
falo para a lua
o meu sentimento
e faço o pedido
como noutras noites.
A lua imponente na sua beleza
responde pela negativa
não pode cumprir o meu pedido,
eu viro-lhe as costas
ITINERÁRIOS
Não posso adiar mais a ida à Sintra da Beira Baixa.
Consulto os horários dos transportes públicos e, na digestão do almoço, sigo para Alpedrinha, na companhia de quatro idosos e dois jovens. Em frente à Escola Profissional do Fundão, vejo dois grupos de estudantes separados: um negro e um branco. Será uma mera casualidade?
IN MEMORIAM – MANUEL BARROCA
Há pessoas nas nossas comunidades que caíram no esquecimento quase total.
O nosso Homem nasceu em São Martinho, freguesia da Barroca, bem dentro deste Portugal Interior, oriundo de uma família de sete irmãos, sendo o Manel o mais velho.
A Mãe - Maria Bárbara Barroca - era doméstica e, com este rancho de filhos, trabalhava quase vinte e quatro horas por dia.